segunda-feira, 7 de junho de 2010

Tanzânia x Brasil

Brasil fecha sua série de amistosos e
parte para a Copa ostentando nova goleada

Depois de uma semana de treinamentos, mistos, ineficiência, sustos e fisioterapia, chegava o momento da seleção brasileira mostrar novamente resultados diante de uma equipe sem reconhecimento mundial. Dessa vez a equipe a ser superada, era a recém derrotada Seleção da Tânzania, que no domingo, dia 06, disputara uma partida oficial contra Ruanda, válida pelas Eliminatórias da Copa Africana de Nações. A anfitriã, recebeu nesta segunda feira a seleção Brasileira para a última partida antes da disputa da Copa do Mundo. Para os brasileiros, mais um treinamento, para a Tânzania, o clichê "jogo de suas vidas".

Durante os primeiros minutos da partida, a seleção da Tanzânia encarava o Brasil com facilidade, aproveitando a má qualidade dos passes e os contra ataques, levando perigo e obrigando o goleiro Gomes a fazer defesas complicadas. Nesse momento, o torcedor já estava apreensivo, acreditando que mais uma vez a seleção não mostraria o seu melhor futebol, sem encantar e sem convencer. Em lance curioso, após uma confusão entre o trio de arbitragem, o zagueiro tentou cortar uma jogada de Robinho, mas a bola resvalou em Kaká, voltando para o camisa 11 que em lance de oportunismo marcou 1 x 0 para o Brasil. Não houve comemoração e isso pareceu refletir no otimismo da torcida, que continuava entediada com o futebol apresentado. Mesmo com o gol, a seleção africana continuou pressionando e mesmo em vantagem, o Brasil não a transparecia. Em cruzamento de Michel Bastos, gol de Robinho, de cabeça, sem churrasco. Novamente gol, novamente sem comemoração. 2x0. Assim acabava o primeiro tempo no estádio Nacional da Tânzania e os jogadores brasileiros pareciam lamentar seus rendimentos.

Mesmo marcado, Robinho aproveita suas chances

O técnico Dunga surpreendeu ao modificar a equipe no intervalo, quebrando um esquema de forte marcação e dando mobilidade ao meio campo brasileiro. Os escolhidos para o revezamento foram o zagueiro Lúcio, o lateral Michel Bastos e os meias Gilberto Silva e Felipe Melo, que foram substituídos por Luisão, Gilberto, Josué e Ramires, respectivamente. Com as mudanças, o time avançou e a troca de passes melhorou, o Brasil assim, manteve a posse de bola e pode organizar seu ataque. Mais tarde, Elano também deixaria o campo, para que Daniel Alves atuasse entre o meio campo e a lateral direita e Luis Fabiano, deu lugar a Nilmar. Trunfos que a seleção de Dunga tem pra oferecer. O time, então, pareceu gostar do jogo, já que em jogada de velocidade e com um bom chute, Ramires ampliou a vantagem e marcou seu primeiro gol pela Seleção Brasileira. Nesse gol sim houve comemoração. O jogador estava feliz, os companheiros felizes por ele e a torcida foi junto, mais animada com o "novo" futebol do segundo tempo e com as modificações que deram resultados positivos; 3x0 aos 8 minutos do segundo tempo.

As jogadas da Tanzânia pouco apareciam, e quando sim, o meio de campo marcava com mais segurança e a defesa amenizava. Em jogada pela linha de fundo, Maicon cruzou e Kaká, de peito, fez mais um. 4x0, goleada, mas não só isso. Esse gol pode ter sido um grande fator motivacional a um jogador que é tão necessário à equipe e que passa por período de recuperação e auto aprovação. Em cobrança de escanteio, o atacante africano Aziz subiu mais que a defesa e fez o gol de honra da Tanzânia, levando a torcida ao delírio. 4x1. E aos 47 minutos, quando tudo parecia ter chegado ao fim, Ramires, que há muito não marcava, marcou de novo, agora de cabeça. Deixando o campo ciente do dever cumprido, feliz e roubando a vaga de alguns jogadores do meio campo titular, ao menos para a massa torcedora.

Kaká comemora gol, após cruzamento de Maicon

Como no amistoso contra o Zimbábue, a seleção sai de campo com a vitória, mas sem empolgar, até mesmo porque entrava em campo com a pressão e a obrigação de ganhar bem de uma seleção desprestigiada. O diferencial dessa partida esteve nos bons lances do goleiro reserva, Gomes, que representou bem a figura de Júlio César (poupado após lesão leve durante o amistoso da semana passada) e a movimentação proporcionada após a entrada dos jogadores reservas; mostrando que Dunga tem opções no banco, capazes de manter o nível e rumar a caminho do gol. As dúvidas ficam por conta de Luís Fabiano, artilheiro do time, mas que não concluiu bem suas jogadas nesses últimos dois amistosos e Kaká, o camisa 10, que embora tenha evoluído, não está totalmente recuperado.

O Brasil faz sua estreia no dia 15 de junho, enfrentando a seleção da Coreia do Norte. E ainda não ficou claro para o torcedor, qual estilo predominará na seleção de Dunga.

Rumo ao Hexa! Pra frente, Brasil.

imagens: globoesporte.com

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