domingo, 27 de junho de 2010

eu sinto saudades

Há cerca de 4 anos atrás eu começava a fazer vínculos diferentes, amigos virtuais, pra ser mais exata. Nada muito afável, já que era um tipo de amizade complicado de se conservar. Mas a minha surpresa foi ver que aos poucos o que não era afável passou a ser, e que a distância tem o poder de aproximar as pessoas.

Juntamente com os meus vínculos virtuais, surgia uma nova característica dentro de mim, aquela que permitia que eu me afastasse sem que a saudade me incomodasse. É uma coisa minha. Já que eu não tinha algumas amigas perto, eu tinha que me acostumar com a saudade de alguma forma. Não foi fácil, mas foi necessário. Estar longe, mas se sentir perto é algo que se demora pra acostumar. Essa é a palavra: acostumar-se.

A saudade aperta e apesar de viver em distante das pessoas às vezes, tem horas que eu não consigo evitar e que a saudade também me consome. Não é só porque estou longe que eu me esqueci de tudo e também não é só porque eu não me aproximo que eu não teria vontade de me aproximar. É que eu prefiro muito mais que os outros sintam a minha falta, do que mostrar o quanto eles me fazem falta. É um erro, me faz mal. A verdade é que eu tenho medo de não agradar, de parecer perdida; não encontrar mais nada aonde já houve.

Começo a ter certeza de muitas coisas.


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