sexta-feira, 22 de abril de 2011

Uma paixão repentina por animais.

Eu disse há uns posts atrás que teria uma semana cheia devido a uma tarefa, não disse? Essa tarefa tratava de um assunto que é como um tabu na minha vida: cachorrinhos, gatinhos, enfim, bichos de estimação; aqueles que todos adoram. Não que eu não goste deles. Para tudo existe uma explicação...

Quando meus irmãos eram pequenos, minha família teve um cachorrinho, o nome era Bolinha. Eu não sei como aconteceu, mas o Bolinha morreu e todo mundo ficou triste. Aí, decidiram não adotar mais nenhum bichinho de estimação para a família. Eu nasci depois dessa época, então nunca criei um bichinho pra chamar de meu. Sempre quis, mas nunca deixaram. O máximo que acontecia, era brincar com os cachorros e os gatos dos vizinhos, que constantemente me visitavam. Eu me conformei com o fato de não ter cachorros e gatos em casa.

Por volta dos 12 anos, fui percebendo que o melhor era continuar assim mesmo, afinal, meus irmãos já estavam trabalhando, assim como os meus pais, e eu não teria a responsabilidade de cuidar sozinha de alguém que dependesse tanto de mim. Seria uma companhia, é claro, mas acho que o medo por nunca ter tido contato real ou por saber que o envolvimento e o fato de ter de deixá-lo sozinho num dia ou por vê-lo sofrer ou doente num outro me levaria a tristeza.

O melhor era não me apegar.

Essa semana, quando fui ao pet shop para gravar a matéria sobre Homeopatia em animais (em breve no blog), vi renascer em mim essa paixãozinha que eu achava que era quase nula depois de tanto tempo conformada com a distância entre os bichinhos e eu. Eles são fofos, lindos, têm sentimentos e merecem carinho!

Se eu não tivesse feito um exame de consciência naquela época, acho que também não teria me arrependido de adotar um bichinho pra mim. Enfim, os preconceitos com os cachorros e os gatos acabaram. A aproximação com os cachorros e os gatos dos outros agora serão mais frequentes e eu vou tentar deixar esse medo de lado. Agora eu os conheço melhor. Impressionante como pesquisar sobre um assunto, gravar uma matéria, fazer uma entrevista faz você se envolver e se apaixonar por um universo desconhecido.


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Passado, presente e futuro só de glórias!

Hoje na escola, quando questionados sobre quem na turma queria dedicar-se ao jornalismo esportivo. Eu levantei a mão timidamente, enquanto as minhas amigas gritavam o meu nome por mim; eu impús a todas o silêncio, e soltei baixinho um: "ainda estou em dúvida sobre isso", uma delas virou e disse "que dúvida? você só gostar de escreve sobre futebol" e eu respondi "na verdade, eu gosto de escrever sobre o Santos." Pura verdade! É muito mais fácil falar do que é bom e do que é ruim no futebol e em outros esportes e temas quando isso engloba uma paixão; ainda que no meu caso, o mais recomendado seja não escrever com a paixão e sim com a razão. Convenhamos, isso é impossível, ainda. Aproveito o tempo que tenho.

O meu destino era ser santista. Nascida sob o signo de peixes, de sobrenome Santos, em família de maioria santista (testemunhas dos milagres do Rei), pai santista, caçula entre dois irmãos também santistas. A paixão só não se despertou em mim antes, porque eu estava mais preocupada com as bonecas ou com os desenhos infantis; mas pra todo mundo que perguntava eu respondia com toda a certeza e influência do desejo da família: "sou santista". Uns amigos do meu pai, costumavam me chamar de corinthiana e são paulina e eu sempre tive repulsa a esses apelidos maldosos. Até hoje estes me chamam assim. Triste. O amigo do meu pai que eu mais gostava era o santista, e adivinhem como ele me chamava? (:

Só fui tomar gosto pelo time, começar a torcer e me envolver, quando ele começou a ganhar. Não tenho vergonha disso, apenas me arrependo de não ter gostado da mesma forma um pouco antes, minha condição de santista seria um pouco mais privilegiada. Mas aconteceu no tempo certo. 2002. O ano com o time mais cativante, campeão e apaixonante que eu já vi jogar pelo Santos. Até pensei que o de 2010 pudesse superá-lo, mas não foi dessa vez. Nem será tão fácil superá-los. Eu amo Léo, Alex, Renato, Elano, Diego e Robinho e todos aqueles que fizeram parte das campanhas vitoriosas de uma forma especial. Estes citados acima um pouco mais do que os outros.

Hoje, a minha paixão comemora seu aniversário de 99 anos. Ano que vem começam as comemorações do centenário e pelo que já li, promete ser muito bom no que diz respeito ao extra-campo. Esperemos que dentro de campo estejamos bem representados para que disputemos com afinco e condições de vencer todas as competições disputadas. Mas espero que seja um momento sublime e que vendam camisetas oficiais bonitinhas pras meninas (; #fikdik

Aconteceu. De repente o amor tomou conta de mim. Sentimento inexplicável, diga-se de passagem. Me faz chorar, rir, ficar com raiva e feliz; tudo ao mesmo tempo. "Minha relação com o Santos é paradoxal. Pois este time ainda me mata, mas é justamente ele que me faz viver". Parabéns à você glorioso, maior que todos aqueles que te representaram e vestiram suas cores. Luz própria, infinita!

E hoje tem mais uma batalha. Vencer ou vencer.

Fala por mim.

Sou alvinegro da Vila Belmiro
O Santos vive no meu coração
É o motivo de todo o meu riso
De minhas lagrimas, e emoção
Sua bandeira no mastro é a história
De um passado e um presente só de glórias
Nascer, viver, e no santos morrer é um
Orgulho que nem todos podem ter

No Santos pratica-se o esporte
Com dignidade e com fervor
Seja qual for a sua sorte
De vencido ou vencedor!
Com técnica e disciplina
Dando o sangue com amor
Pela bandeira que ensina
Lutar com fé e com ardor!


Antes do meu texto, o hino oficial, que fala por mim e por nós torcedores. Quanto à foto, montagem ou não, representa um fato! O meu glorioso parou uma guerra. Parabéns, meu Santos Futebol Clube. O time da virada, do amor, das glórias no passado, no presente e no futuro

14/04/1912 - O gigante Titanic chocava-se com um iceberg e afundava, marcando a história. Outro gigante emergia no litoral brasileiro, para futuramente marcar a história e fazer história.

domingo, 10 de abril de 2011

A triste vida de uma estudante

Este era o texto frio ao qual me referi há duas postagens atrás. Resolvi publicá-lo hoje porque tenho certeza que não sobrará tempo essa semana para o luxo de escrever no meu blog. Tudo isso porque estarei correndo atrás dos trabalhos de TODAS as disciplinas da faculdade, especificamente um deles, o mais difícil.

Durante as duas últimas semanas, tivemos que pensar em ideias para a elaboração de uma reportagem de televisão, estas deveriam ser de interesse público, com apelo e personagens. Eu e minhas amigas tivemos ao todo 10 ideias furadas e a que repercutiu na pauta definia quase foi furada também. Só não furou porque uma pesquisa na internet ajudou a transformá-la em algo mais interessante. Com pauta definida, estava rindo a toa porque já havia passado muita raiva porque não encontrávamos um assunto legal pra tratar.

Como se não bastasse a dificuldade para encontrar uma pauta perfeita (e que fosse aceita), mais difícil ainda foi o agendamento das entrevistas. Parece que ao dizer "Boa tarde! Sou estudante de jornalismo..." toda e qualquer possibilidade de entrevista acaba ou diminui. Este fato não tinha sido tão aparente nos outros semestres. Por lidar com imagem e com amadores (nós), as pessoas ficam um pouco contrariadas em participar da empreitada. O que estas pessoas não imaginam é o quanto é difícil pra nós, o quanto só queremos alguém disposto a nos ajudar. Estamos aprendendo a lidar com essas situações e qualquer minuto de atenção é lucro.

Por outro lado, existe muita gente simpática, que se certifica de que estamos falando a verdade e logo de primeira se prontifica a ajudar. Que bom que essas pessoas existem, é um esperança para nós, estudantes! Estamos bem intencionadas, procuramos fazer o nosso melhor pra conquistar uma boa nota e isso nem nos garante que tiraremos uma boa nota. Os profissionais com que falamos já passaram pela fase de aprendiz em suas áreas. Todo mundo deveria ter a consciência de ajudar o próximo, é algo que vem de berço e até da Bíblia.

Estou aqui agora, toda perdida, calculando tudo para que nada aconteça de errado nessa semana de providências. O início foi bom e está se encaminhando pra continuar assim, apesar das adversidades que sempre aparecem. E não são poucas as adversidades. Sempre teremos que nos virar pra reparar erros e manter a calma, só assim progrediremos na vida e na profissão. Se num futuro próximo, alguém ligar no meu telefone dizendo: "Boa tarde! Sou estudante de qualquer curso..." eu vou dizer: "Boa tarde, eu já passei por isso, como eu posso te ajudar?"

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Neymáscara

E eu que nutro um amor que cega, finalmente enxerguei a lógica no apelido tantas vezes antes proferido. Não, não deixei de ser Neymarzete. Pelo contrário. Ele apenas resolveu comemorar utilizando uma máscara de seu rosto, fazendo careta ainda. A única forma de ofensa seria a ele mesmo, porque a foto não o valoriza kkk whatever.

Ontem, durante o jogo, eu nem fiquei com raiva dele, porque sei que a comemoração não foi feita com maldade. Foi falta de informação mesmo. Ele ficou tão surpreso quanto nós pelo cartão recebido; tenho na minha cabeça que ele se sentiu muito mal e que também chorou. Mas independente de intenção, ele foi expulso e prejudicou o time, né? Foi pros vestiários mais cedo e perdeu o sufoco que o time levou depois de sua expulsão, mas com certeza respirou aliviado pela vitória conquistada.

Eu não achei errado o expulsarem, afinal, as regras sempre são feitas pra serem cumpridas e se tá escrito que um jogador não pode comemorar usando máscaras ou qualquer outro elemento que não faça parte do uniforme, então tudo bem. Amarelo justo. Vermelho justo.

Por causa de toda a polêmica, poucos repararam no golaço que antecedeu a expulsão de Neymar. Mas eu não esquecerei tão fácil, até amenizou um pouco a falta que ele fará quinta feira contra o Cerro Porteño no Paraguai. Pra mim, esse foi um dos gols dos mais bonitos da carreira do Neymar. Mascarado ou não, ele é o cara!

Em meio a tristeza

Muito tempo sem postar, muitas coisas a pensar e a fazer, o blog fica um pouco abandonado. Aí em meio à monotonia, surgem diversos temas a serem abordados, mais precisamente três. Falarei sobre o mais recente hoje e deixarei os outros dois, frios, para os próximos dias.

Hoje é dia 07 de abril, dia do jornalista. Ouvi alguém da faculdade comentar sobre isso porque estava nos trending topics do Twitter. Ainda não é algo que faz parte da nossa agenda, não é uma data importante ainda, mas é um motivo para valorizar essa profissão, que eu não imaginava que pudesse ser tão digna de elogios e de méritos. Tudo o que a gente aprende na faculdade, pode parecer fácil para quem acompanha de longe, mas é uma luta pessoal. Eu que o diga. Aprendo a matar leões a cada trabalho, prova, todos os semestres. O texto, porém, não falará sobre o dia do jornalista, mas sim sobre a bomba que estourou nas primeiras horas dessa manhã de quinta feira.

Eu não me julgo suficientemente preparada para julgar o episódio, ou para comentar intenções, mas posso comentar o fato referente à visão que eu tive do mesmo. Trata-se do episódio ocorrido na região oeste do Rio de Janeiro, onde um rapaz com problemas pessoais e sem razão confirmada, entrou na sua antiga escola com dois revólveres, apontou a arma para crianças de idades entre 9 e 14 anos e atirou. Ferindo 18 deles e assassinando 13 (confirmados até o momento do post). Após a intervenção de um policial, ele tirou sua própria vida. Segundo informações, ele teria deixado uma carta exigindo a forma como deveria ser enterrado e pedindo para que algum líder espiritual orasse por ele para que Deus o perdoasse após seu ato. Isso dá a entender que ele não imaginava sair vivo após o crime ou que sempre pensou em cometer suicídio.

Não estou com acesso ao rádio no celular há algum tempo, então, só soube da notícia por volta das 11hs, quando cheguei da faculdade. Sentada no sofá da sala e assistindo ao plantão, torci para que a loucura detalhada não tivesse resultado em vítimas, mas ao final do depoimentos, confirmava-se as 11 mortes. Uma ponta de tristeza tomou conta de mim. Coisas tristes na televisão vemos todos os dias, coisas tão tristes quanto acontecem diariamente em todos os lugares do mundo, mas não é tudo que a imprensa publica. Eu já começo a me preparar para não "sentir tanto o baque" das notícias tristes que acontecem constantemente, até porque será necessário na profissão, mas dessa vez foi inevitável; não só pelas mortes mas também pela revolta que o caso gera.

Agora, estão usando argumentos distintos como: insanidade, doenças e até mesmo intervenção religiosa, como forma de defesa e ataque ao assassino. Muitas outras discussões foram abertas. Mas de que adianta, defender e acusar o autor dos disparos agora? Assim como também não adianta criticar a segurança no momento do ataque; da forma como aconteceu, não havia como controlar, mais; o que poderia ter acontecido era uma consciência para que as armas não pudessem ser adquiridas tão facilmente. Já tivemos oportunidade de escolher o futuro do desarmamento no Brasil e este também tem o seu outro lado. É tudo muito complicado! Em meio a tantas discussões, o que mais me dói é pensar nas vidas perdidas e futuros interrompidos. É a fase da vida que nós adolescentes pensamos mais sobre o nosso futuro e definimos nossos próprios sonhos. Uma pena ter acontecido o que aconteceu. Que iluminem as famílias que perderam suas crianças, que eles reergam suas próprias vidas e que as medidas adequadas e possíveis sejam tomadas para evitar novos casos.

E o Brasil vai surpreendendo cada vez mais, negativamente. Não sei de vocês, mas 2011 tá sendo um ano horrível. Tragédia atrás de tragédia. Just pray.