sexta-feira, 10 de junho de 2011

Novo Blog.

Fiquei muito tempo sem atualizar este blog.
Então resolvi criar uma nova página.

http://semcontratempos.blogspot.com

Acessem.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A primeira reportagem de televisão

A homeopatia é uma terapêutica que trata um indíviduo sintomático para que o equilíbrio do organismo seja reestabelecido. Quando o sintoma manifestado é descoberto, o remédio age como um atenuante, constituído do mesmo sintoma que não se manifesta em outros indivíduos, isso equilibrará o organismo.

Para que tudo isso aconteça, é necessária uma consulta para verificar o que pode ser o agente causador do stress, distúrbio ou dano de saúde. Todo indivíduo pode ser tratado com homeopatia, desde que haja forma de reestabelecimento do organismo.

A homeopatia é muito utilizada em humanos,
mas ela também pode ser utilizada em animais.
Confira a reportagem.



Na verdade, eu queria postar aqui o link do telejornal da turma, mas o último link que disponibilizaram foi diretamente do Facebook e a qualidade não é a melhor de todas, então, por hoje, a postagem é da reportagem "individual" e não do telejornal coletivo. O individual está entre aspas porque eu não fiz isso sozinha, o mérito é também da Dani, da Ellen, do motorista, meu pai, e do operador de câmeras, o Jiraya; além é claro da Dra. Sandra, da Amelinha, e seus respectivos cachorrinhos.

Isso está em todas as minhas redes sociais, pode não estar perfeita, podem apontar defeitos e etc, mas eu estou super orgulhosa e isso ninguém tira de mim. Foi difícil chegar a esse ponto, ver a reportagem pronta é uma vitória.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Uma paixão repentina por animais.

Eu disse há uns posts atrás que teria uma semana cheia devido a uma tarefa, não disse? Essa tarefa tratava de um assunto que é como um tabu na minha vida: cachorrinhos, gatinhos, enfim, bichos de estimação; aqueles que todos adoram. Não que eu não goste deles. Para tudo existe uma explicação...

Quando meus irmãos eram pequenos, minha família teve um cachorrinho, o nome era Bolinha. Eu não sei como aconteceu, mas o Bolinha morreu e todo mundo ficou triste. Aí, decidiram não adotar mais nenhum bichinho de estimação para a família. Eu nasci depois dessa época, então nunca criei um bichinho pra chamar de meu. Sempre quis, mas nunca deixaram. O máximo que acontecia, era brincar com os cachorros e os gatos dos vizinhos, que constantemente me visitavam. Eu me conformei com o fato de não ter cachorros e gatos em casa.

Por volta dos 12 anos, fui percebendo que o melhor era continuar assim mesmo, afinal, meus irmãos já estavam trabalhando, assim como os meus pais, e eu não teria a responsabilidade de cuidar sozinha de alguém que dependesse tanto de mim. Seria uma companhia, é claro, mas acho que o medo por nunca ter tido contato real ou por saber que o envolvimento e o fato de ter de deixá-lo sozinho num dia ou por vê-lo sofrer ou doente num outro me levaria a tristeza.

O melhor era não me apegar.

Essa semana, quando fui ao pet shop para gravar a matéria sobre Homeopatia em animais (em breve no blog), vi renascer em mim essa paixãozinha que eu achava que era quase nula depois de tanto tempo conformada com a distância entre os bichinhos e eu. Eles são fofos, lindos, têm sentimentos e merecem carinho!

Se eu não tivesse feito um exame de consciência naquela época, acho que também não teria me arrependido de adotar um bichinho pra mim. Enfim, os preconceitos com os cachorros e os gatos acabaram. A aproximação com os cachorros e os gatos dos outros agora serão mais frequentes e eu vou tentar deixar esse medo de lado. Agora eu os conheço melhor. Impressionante como pesquisar sobre um assunto, gravar uma matéria, fazer uma entrevista faz você se envolver e se apaixonar por um universo desconhecido.


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Passado, presente e futuro só de glórias!

Hoje na escola, quando questionados sobre quem na turma queria dedicar-se ao jornalismo esportivo. Eu levantei a mão timidamente, enquanto as minhas amigas gritavam o meu nome por mim; eu impús a todas o silêncio, e soltei baixinho um: "ainda estou em dúvida sobre isso", uma delas virou e disse "que dúvida? você só gostar de escreve sobre futebol" e eu respondi "na verdade, eu gosto de escrever sobre o Santos." Pura verdade! É muito mais fácil falar do que é bom e do que é ruim no futebol e em outros esportes e temas quando isso engloba uma paixão; ainda que no meu caso, o mais recomendado seja não escrever com a paixão e sim com a razão. Convenhamos, isso é impossível, ainda. Aproveito o tempo que tenho.

O meu destino era ser santista. Nascida sob o signo de peixes, de sobrenome Santos, em família de maioria santista (testemunhas dos milagres do Rei), pai santista, caçula entre dois irmãos também santistas. A paixão só não se despertou em mim antes, porque eu estava mais preocupada com as bonecas ou com os desenhos infantis; mas pra todo mundo que perguntava eu respondia com toda a certeza e influência do desejo da família: "sou santista". Uns amigos do meu pai, costumavam me chamar de corinthiana e são paulina e eu sempre tive repulsa a esses apelidos maldosos. Até hoje estes me chamam assim. Triste. O amigo do meu pai que eu mais gostava era o santista, e adivinhem como ele me chamava? (:

Só fui tomar gosto pelo time, começar a torcer e me envolver, quando ele começou a ganhar. Não tenho vergonha disso, apenas me arrependo de não ter gostado da mesma forma um pouco antes, minha condição de santista seria um pouco mais privilegiada. Mas aconteceu no tempo certo. 2002. O ano com o time mais cativante, campeão e apaixonante que eu já vi jogar pelo Santos. Até pensei que o de 2010 pudesse superá-lo, mas não foi dessa vez. Nem será tão fácil superá-los. Eu amo Léo, Alex, Renato, Elano, Diego e Robinho e todos aqueles que fizeram parte das campanhas vitoriosas de uma forma especial. Estes citados acima um pouco mais do que os outros.

Hoje, a minha paixão comemora seu aniversário de 99 anos. Ano que vem começam as comemorações do centenário e pelo que já li, promete ser muito bom no que diz respeito ao extra-campo. Esperemos que dentro de campo estejamos bem representados para que disputemos com afinco e condições de vencer todas as competições disputadas. Mas espero que seja um momento sublime e que vendam camisetas oficiais bonitinhas pras meninas (; #fikdik

Aconteceu. De repente o amor tomou conta de mim. Sentimento inexplicável, diga-se de passagem. Me faz chorar, rir, ficar com raiva e feliz; tudo ao mesmo tempo. "Minha relação com o Santos é paradoxal. Pois este time ainda me mata, mas é justamente ele que me faz viver". Parabéns à você glorioso, maior que todos aqueles que te representaram e vestiram suas cores. Luz própria, infinita!

E hoje tem mais uma batalha. Vencer ou vencer.

Fala por mim.

Sou alvinegro da Vila Belmiro
O Santos vive no meu coração
É o motivo de todo o meu riso
De minhas lagrimas, e emoção
Sua bandeira no mastro é a história
De um passado e um presente só de glórias
Nascer, viver, e no santos morrer é um
Orgulho que nem todos podem ter

No Santos pratica-se o esporte
Com dignidade e com fervor
Seja qual for a sua sorte
De vencido ou vencedor!
Com técnica e disciplina
Dando o sangue com amor
Pela bandeira que ensina
Lutar com fé e com ardor!


Antes do meu texto, o hino oficial, que fala por mim e por nós torcedores. Quanto à foto, montagem ou não, representa um fato! O meu glorioso parou uma guerra. Parabéns, meu Santos Futebol Clube. O time da virada, do amor, das glórias no passado, no presente e no futuro

14/04/1912 - O gigante Titanic chocava-se com um iceberg e afundava, marcando a história. Outro gigante emergia no litoral brasileiro, para futuramente marcar a história e fazer história.

domingo, 10 de abril de 2011

A triste vida de uma estudante

Este era o texto frio ao qual me referi há duas postagens atrás. Resolvi publicá-lo hoje porque tenho certeza que não sobrará tempo essa semana para o luxo de escrever no meu blog. Tudo isso porque estarei correndo atrás dos trabalhos de TODAS as disciplinas da faculdade, especificamente um deles, o mais difícil.

Durante as duas últimas semanas, tivemos que pensar em ideias para a elaboração de uma reportagem de televisão, estas deveriam ser de interesse público, com apelo e personagens. Eu e minhas amigas tivemos ao todo 10 ideias furadas e a que repercutiu na pauta definia quase foi furada também. Só não furou porque uma pesquisa na internet ajudou a transformá-la em algo mais interessante. Com pauta definida, estava rindo a toa porque já havia passado muita raiva porque não encontrávamos um assunto legal pra tratar.

Como se não bastasse a dificuldade para encontrar uma pauta perfeita (e que fosse aceita), mais difícil ainda foi o agendamento das entrevistas. Parece que ao dizer "Boa tarde! Sou estudante de jornalismo..." toda e qualquer possibilidade de entrevista acaba ou diminui. Este fato não tinha sido tão aparente nos outros semestres. Por lidar com imagem e com amadores (nós), as pessoas ficam um pouco contrariadas em participar da empreitada. O que estas pessoas não imaginam é o quanto é difícil pra nós, o quanto só queremos alguém disposto a nos ajudar. Estamos aprendendo a lidar com essas situações e qualquer minuto de atenção é lucro.

Por outro lado, existe muita gente simpática, que se certifica de que estamos falando a verdade e logo de primeira se prontifica a ajudar. Que bom que essas pessoas existem, é um esperança para nós, estudantes! Estamos bem intencionadas, procuramos fazer o nosso melhor pra conquistar uma boa nota e isso nem nos garante que tiraremos uma boa nota. Os profissionais com que falamos já passaram pela fase de aprendiz em suas áreas. Todo mundo deveria ter a consciência de ajudar o próximo, é algo que vem de berço e até da Bíblia.

Estou aqui agora, toda perdida, calculando tudo para que nada aconteça de errado nessa semana de providências. O início foi bom e está se encaminhando pra continuar assim, apesar das adversidades que sempre aparecem. E não são poucas as adversidades. Sempre teremos que nos virar pra reparar erros e manter a calma, só assim progrediremos na vida e na profissão. Se num futuro próximo, alguém ligar no meu telefone dizendo: "Boa tarde! Sou estudante de qualquer curso..." eu vou dizer: "Boa tarde, eu já passei por isso, como eu posso te ajudar?"

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Neymáscara

E eu que nutro um amor que cega, finalmente enxerguei a lógica no apelido tantas vezes antes proferido. Não, não deixei de ser Neymarzete. Pelo contrário. Ele apenas resolveu comemorar utilizando uma máscara de seu rosto, fazendo careta ainda. A única forma de ofensa seria a ele mesmo, porque a foto não o valoriza kkk whatever.

Ontem, durante o jogo, eu nem fiquei com raiva dele, porque sei que a comemoração não foi feita com maldade. Foi falta de informação mesmo. Ele ficou tão surpreso quanto nós pelo cartão recebido; tenho na minha cabeça que ele se sentiu muito mal e que também chorou. Mas independente de intenção, ele foi expulso e prejudicou o time, né? Foi pros vestiários mais cedo e perdeu o sufoco que o time levou depois de sua expulsão, mas com certeza respirou aliviado pela vitória conquistada.

Eu não achei errado o expulsarem, afinal, as regras sempre são feitas pra serem cumpridas e se tá escrito que um jogador não pode comemorar usando máscaras ou qualquer outro elemento que não faça parte do uniforme, então tudo bem. Amarelo justo. Vermelho justo.

Por causa de toda a polêmica, poucos repararam no golaço que antecedeu a expulsão de Neymar. Mas eu não esquecerei tão fácil, até amenizou um pouco a falta que ele fará quinta feira contra o Cerro Porteño no Paraguai. Pra mim, esse foi um dos gols dos mais bonitos da carreira do Neymar. Mascarado ou não, ele é o cara!

Em meio a tristeza

Muito tempo sem postar, muitas coisas a pensar e a fazer, o blog fica um pouco abandonado. Aí em meio à monotonia, surgem diversos temas a serem abordados, mais precisamente três. Falarei sobre o mais recente hoje e deixarei os outros dois, frios, para os próximos dias.

Hoje é dia 07 de abril, dia do jornalista. Ouvi alguém da faculdade comentar sobre isso porque estava nos trending topics do Twitter. Ainda não é algo que faz parte da nossa agenda, não é uma data importante ainda, mas é um motivo para valorizar essa profissão, que eu não imaginava que pudesse ser tão digna de elogios e de méritos. Tudo o que a gente aprende na faculdade, pode parecer fácil para quem acompanha de longe, mas é uma luta pessoal. Eu que o diga. Aprendo a matar leões a cada trabalho, prova, todos os semestres. O texto, porém, não falará sobre o dia do jornalista, mas sim sobre a bomba que estourou nas primeiras horas dessa manhã de quinta feira.

Eu não me julgo suficientemente preparada para julgar o episódio, ou para comentar intenções, mas posso comentar o fato referente à visão que eu tive do mesmo. Trata-se do episódio ocorrido na região oeste do Rio de Janeiro, onde um rapaz com problemas pessoais e sem razão confirmada, entrou na sua antiga escola com dois revólveres, apontou a arma para crianças de idades entre 9 e 14 anos e atirou. Ferindo 18 deles e assassinando 13 (confirmados até o momento do post). Após a intervenção de um policial, ele tirou sua própria vida. Segundo informações, ele teria deixado uma carta exigindo a forma como deveria ser enterrado e pedindo para que algum líder espiritual orasse por ele para que Deus o perdoasse após seu ato. Isso dá a entender que ele não imaginava sair vivo após o crime ou que sempre pensou em cometer suicídio.

Não estou com acesso ao rádio no celular há algum tempo, então, só soube da notícia por volta das 11hs, quando cheguei da faculdade. Sentada no sofá da sala e assistindo ao plantão, torci para que a loucura detalhada não tivesse resultado em vítimas, mas ao final do depoimentos, confirmava-se as 11 mortes. Uma ponta de tristeza tomou conta de mim. Coisas tristes na televisão vemos todos os dias, coisas tão tristes quanto acontecem diariamente em todos os lugares do mundo, mas não é tudo que a imprensa publica. Eu já começo a me preparar para não "sentir tanto o baque" das notícias tristes que acontecem constantemente, até porque será necessário na profissão, mas dessa vez foi inevitável; não só pelas mortes mas também pela revolta que o caso gera.

Agora, estão usando argumentos distintos como: insanidade, doenças e até mesmo intervenção religiosa, como forma de defesa e ataque ao assassino. Muitas outras discussões foram abertas. Mas de que adianta, defender e acusar o autor dos disparos agora? Assim como também não adianta criticar a segurança no momento do ataque; da forma como aconteceu, não havia como controlar, mais; o que poderia ter acontecido era uma consciência para que as armas não pudessem ser adquiridas tão facilmente. Já tivemos oportunidade de escolher o futuro do desarmamento no Brasil e este também tem o seu outro lado. É tudo muito complicado! Em meio a tantas discussões, o que mais me dói é pensar nas vidas perdidas e futuros interrompidos. É a fase da vida que nós adolescentes pensamos mais sobre o nosso futuro e definimos nossos próprios sonhos. Uma pena ter acontecido o que aconteceu. Que iluminem as famílias que perderam suas crianças, que eles reergam suas próprias vidas e que as medidas adequadas e possíveis sejam tomadas para evitar novos casos.

E o Brasil vai surpreendendo cada vez mais, negativamente. Não sei de vocês, mas 2011 tá sendo um ano horrível. Tragédia atrás de tragédia. Just pray.

terça-feira, 29 de março de 2011

O fim de um BBB.

Na semana passada, eu estava vivendo a rotina e ao mesmo tempo pensando em assuntos pra escrever o meu próximo post. Me convencer de escrever sobre temas diferentes leva um certo tempo. Meu pai, então, em meio a uma de nossas conversas diárias me disse: "faz uma crítica à esse BBB e manda pra algum site". Resolvi não mandar minhas opiniões para um site específico, mas sim, ditar minhas opiniões no meu próprio espaço.

Quem me conhece sabe que desde o BBB7 eu sou viciada nesse reality show. Eu gosto de ver porque nunca se imagina o que pode acontecer quando se unem tantas pessoas diferentes em um único local, sujeitos a provas que testem seu caráter e suas reações perante às ações do outro. É a vida, sem roteiro. No ano passado, meu encantamento parecia estar chegando ao fim porque demorei para gostar do BBB10. Cheguei a fazer posts um pouco menos empolgados do que o que faria em 2009, por exemplo, mas declarei minha paixão pelo formato do programa e pelas emoções que ele desperta em quem assiste: "Há um tempo atrás eu disse que era BBBmaníaca e isso persiste! Meu irmão só sabe criticar esse meu lado viciada ou melhor, apegada a certas coisas. Eu reconheço que algumas coisas são inúteis, tipo BBB, mas eu não consigo deixar de assistir ou fingir que eu não gosto só por esse detalhe [ser inútil] :)" Eu não tinha preferidos até a reta final da edição de 2010, quando me apeguei a Lia e Cadu; estava odiando! Não vejo graça em assistir um programa de competição sem que haja um protegido. O objetivo do BBB é torcer, é se enxergar nas situações e misturar os seus sentimentos com o seu favorito.

Hoje chega ao fim a edição mais monótona, chata, sem personalidade, sem história e sem animação de todas as demais edições. E diria mais uma série de defeitos, mas páro por aqui. Nunca se sabe se isso é realmente o pior que pode ser apresentado e se nos próximos anos, eu não acharei o BBB11 ótimo com relação aos que vierem; mas torço para que a maré baixa de BBB acabe aqui. O interesse acontecerá de qualquer forma, que seja ao menos apreciável e que que quem vença, mereça vencer!

Nas demais edições, pessoas polêmicas permaneciam pra manter o jogo aceso. Nessa, as pessoas polêmicas saíam porque além de polêmicas eram insuportáveis e ninguém aguentava assistir. A direção do programa até tentou melhorar a audiência e a qualidade da edição, com shows, reviravoltas e provas macabras; mas na tentativa de fazer de seus preferidos os favoritos, deixou clara a obsessão em destruir os outros, manipulando o público. Ainda com tantas tentativas de melhora, não deu certo. Não teve nenhum recorde de votos, não cativou o público e é justamente isso que importa.

Desde o início, não teve um destaque. Isso quer dizer que foi justo? Não, isso quer dizer que foi ruim. Não teve o alguém a ser derrotado. Todo mundo encarou o jogo com medo tanto do paredão como de se mostrar quem era. Quem saía era quem mal tinha entrado e quem permanecia, era quem estava conformado com a possibilidade de sair. E é a final mais disputada porque nem Maria, nem Daniel e nem Wesley se sobrepõem uns sobre os outros e nem o próprio público sabe quem merece ganhar. Pra mim, nenhum merece; ninguém que entrou na casa merecia.

O programa acaba hoje e olhando por fora, sem saber dados e estatísticas, tenho certeza que a Globo lucrou muito mais do que gastou. Mas não tanto quanto esperava, já que a cada ano o programa tende a crescer e não a regredir. Acho que no fundo, eles dão graças a Deus que chegou ao fim! Que venha o BBB12! Que na próxima vez escolham melhor os participantes, que os grupos funcionem melhor, que as pessoas sejam mais simpáticas, que o apresentador não queira interferir no jogo de cada um e que os participantes não se achem melhores do que realmente são. Que o programa volte a empolgar! A espiadinha virou rotina, nada mais justo que ela seja prazerosa, ao menos.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Mais um 17 de março.

"Quer dizer então que você tá ficando mais nova hoje?” Com aquele tom de ironia, me perguntaram hoje. Eu filosofei, pensando que até podia fazer sentido. Afinal, estou mais velha me sentindo mais nova. A gente ganha um ano inteiro em um só dia. O que hoje é dezenove vai demorar pra deixar de ser dezoito. O que era dezoito, nunca deixou de ser dezessete. E o dezessete sempre foi dezesseis. Isso não é interminável. A idade mental precisa chegar, talvez dezesseis anos. Nem tão menina, nem tão mulher. A idade real é a que assusta.

Não sei se é assim com todo mundo, mas a data do aniversário é a mais sonora data do ano. Supera até mesmo a força sonora dos feriados fixos como o 7 de setembro ou o 25 de dezembro. O meu dezessete de março além de sonoro é especial. Ele é só pra mim. Ainda que também seja pra muita gente nos arredores da minha rede de conhecidos, é só meu. Não sei se eu o aproveito como deveria, mas eu adoro receber os telefonemas e responder as mensagens. Reunir a família, os amigos, comer o bolo, o brigadeiro e tudo de gostoso que se prepara. É bom.

"São as águas de março fechando o verão". No meu dia dezessete o tempo fecha e sempre chove. Hoje, o sol brilhou tímido, mas não se escondeu. Pode ser um sinal de que as coisas mudem nesses meus recém completados dezenove anos.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Experiência traumática.

No mundo em que vivemos hoje, o mais natural é relacionar o modelo de jornalismo com os telejornais, certo? O telejornalismo é a garantia de boa informação que atinge o maior número de pessoas. Eu, estudante de jornalismo, porém, nunca me imaginei trabalhando na televisão por alguns motivos muito fáceis de explicar: insegurança (tanto na fala como na aparência: altura, cabelo cacheado, óculos) e os meus trejeitos: passar a mão na testa, movimentar muito os braços e mexer muito no cabelo. Tudo isso pode ser contido com muita força de vontade, prática e confiança. Mas é tanta coisa que eu acho mais fácil não me arriscar.

Hoje eu tive a minha primeira experiência como jornalista na frente das câmeras de televisão. Foi na faculdade, aula de Edição e Reportagem. A professora chegou na sala e disse que gravaríamos boletins ao vivo para exercitar o posicionamento em frente às câmeras e para que nos sentíssemos mais a vontade nas seguintes atividades do semestre. Tivemos uma hora pra elaborar um texto de tema livre, que durasse em torno de 30 segundos. O texto foi produzido em dupla e era simples, mas eu tinha medo de não conseguir decorar. Atingir o equilíbrio entre o nervosismo e o não esquecimento seria o mais difícil e a união disso provocaria gagueira e mais e mais trejeitos. Eu podia prever.

E adivinhem o que aconteceu comigo? Passei vergonha na frente de todo mundo. Custei pra falar o textinho que eu tinha decorado direitinho durante os meus ensaios, foram necessárias várias tentativas antes que eu por fim dissesse o "Rejane Santos para o Anhembi Notícias", na verdade, só consegui fazer isso quando ninguém mais prestava atenção no que eu falava, nem mesmo a professora ou o repórter cinematográfico que pacientemente me gravava. E foi em um momento que eu já pensava em desistir do exercício. Já disse que foi uma experiência traumática? Já né? Então enfatizo.

Eu preciso de muita preparação pra pegar no tranco pra essas coisas. Preciso de muito ensaio. De tempo pra fazer do texto uma música, de forma que ele não desgrudasse da minha cabeça. Quando eu era criança, lidava melhor com isso. Eu era escolhida pra ler em frente à turma, na formatura, e como não era segura com a leitura ainda, simplesmente decorava o que precisava falar. E muitos desses discursos, eu lembro até hoje.

Só sei que só volto a gravar pra televisão quando eu estiver devidamente preparada. Tenho meus direitos HAHAHA

O maestro da Vila voltou!

Achei até que demorei muito pra esboçar um texto sobre esse assunto, só quis esperar esses dias pra ouvir todas as entrevistas e comentários sobre seu retorno; e acho que consegui. Li todos os artigos dos meus portais favoritos, assisti aos comentários de programas de gêneros e pessoal diferentes, em emissoras diferentes, mas sempre o que conta mais é a opinião da gente, o que nós pensamos a respeito do que a gente vê. Ainda mais quando somos torcedores fanáticos, repletos de emoção.

Revirei meus arquivos neste blog pra ler o que eu tinha escrito sobre a lesão do Paulo Henrique, naquele fatídico mês de agosto do ano passado. E lembro de como eu me senti mal. Quando a notícia da lesão e do tempo de recuperação vazaram, eu chorei. E chorava a toda hora que ia repassar a informação ou comentar sobre ela. Eu nunca soube explicar essa vontade chorar que o Santos me proporciona e acho que nunca vou saber. O jeito é aprender a controlar.

Durante esse meio tempo, fomos aprendendo a lidar com a falta que Paulo Henrique fazia; no time não muito inspirado do segundo semestre do ano passado, Neymar dava conta sozinho; a colocação final no campeonato Brasileiro foi muito aquém do que estava escrito no começo do ano, do que poderíamos ter conquistado se Paulo Henrique não tivesse se machucado. Muita coisa seria diferente hoje. Para melhor, é claro.

No último mês, quando a volta já se aproximava e as expectativas cresciam. Ele abriu a boca pra falar demais, me deixou muito irritada. Quase que isso afetou a vontade que eu tinha de vê-lo voltar a jogar pelo Santos. Eu tenho uma opinião bem formada sobre isso, mas tentei não misturar o jogador com a pessoa física, nos dias atuais fica complicado lidar apenas com sentimento. O fato é que o importante seria esperar o seu retorno.

A longa espera de 6 meses e alguns dias finalmente terminou. Um alívio para o Ganso, para seus familiares e amigos, para os santistas ou simplesmente para quem gosta de futebol. No seu retorno, ostentou a camisa 16 e aguardou durante o primeiro tempo no banco de reservas, não estava em sua melhor forma e era uma maneira de preservá-lo para futuros jogos. Sua entrada deu cor ao que estava cinza, acordou os dorminhocos e instalou sorrisos na torcida que acompanhava o jogo, todos aplaudiam de pé a volta do maestro da Vila. A alma do time. Bastaram10 minutos para que percebêssemos a falta que ele fazia dentro de campo, um lançamento preciso para Zé Love que resultou em gol de Elano e um gol dentro da pequena área, referência que faltava para as jogadas laterais do time. Que bom que o Ganso voltou, vai acertar o time. Com ele o Neymar joga mais, o Elano joga mais, o Zé Love joga mais e é capaz até que o Keirrisson comece a brilhar em campo. Faz milagre mesmo. Mágica.

Para o jogador, a espera e a lesão podem não ter tido um lado positivo. Mas para mim, com certeza teve. E o ponto positivo foi deixar a minha "endeusação" pelo Paulo Henrique um pouco de lado. Comecei a valorizar o coletivo, outras peças importantes do grupo e principalmente o Neymar. Este último muito por conta da "monstrificação" do caso Dorival Jr. Hoje não sei se gosto mais do Ganso, do Neymar, do Rafael, do Léo, do Elano ou até mesmo do Durval. Gosto do grupo inteiro (com algumas exceções, em alguns jogos) e acho que eles todos representam muito bem a grandeza do Santos. Quando jogam com determinação, pra frente, do jeito que a torcida gosta. No estilo do Santos. O DNA santista.

E independente de confusão, dele falar demais ou de menos. Em campo ele é fora de série. Mano, ainda dá tempo de desconvocar alguns jogadores pra esse amistoso do final do mês. A busca acabou. O camisa 10 da seleção voltou. O da selesantos também.

terça-feira, 8 de março de 2011

O meu próprio país.

Quando você é criança, o seu mundo se ajusta aos seus desejos e é nesse mundo que você vive feliz. Às vezes acontecem imprevistos, seus pais dizem que não podem realizar seus sonhos, mas a coisa mais fácil é encontrar novas possibilidades e esquecer aquilo que não foi possível realizar. Eu sou entre três irmãos a filha caçula, única menina e além desse universo moldado pela proteção dos meus pais, eu tinha o meu próprio refúgio, o meu próprio "mundo da imaginação". Parece loucura analisar esse fato agora, mas para a criança sonhadora que eu era, era pura diversão.

Eu me autonomeio uma criança sozinha porque não tinha contato com primos de mesma idade e nem vivia em um bairro infestado de crianças; quando não estava assistindo aos programas da TV Cultura, os desenhos da Disney e as novelas mexicanas, estava brincando com as minhas bonecas, sozinha. Para isso, eu criava meus próprios diálogos e cenários; cada boneca tinha uma voz, uma personalidade e um nome. Meu irmão mais velho fazia tudo por mim e era complacente às minhas fantasias, sempre se interessava pelos meus assuntos e alimentava a minha imaginação. Talvez por isso ele tenha sido a maior vítima das minhas loucuras infantis.

Sabe quando você é criança e quer ser tudo o que existe no mundo? Princesa, super heroína, médica, dentista, professora, veterinária, cantora, detetive, atriz, cozinheira, artista de circo, pintora e tantas outras coisas? No meu país eu era tudo isso, bastava uma visita ao guarda roupa da minha mãe, um óculos escuro e um sorriso exagerado. O óculos escuro era a dica pro meu irmão saber se era eu, Rejane, ou se era algum personagem. O sorriso exagerado era bobagem mesmo. Eu criava situações, minhas bonecas viravam pacientes, alunas, amigas, malabares. Elas sofriam. Eu não faço ideia de como eu criei essa forma de brincar, só sei que eu criei. Não sei quanto tempo durou, mas durou tempo suficiente pra marcar minha memória. Quando tudo deixou de ter graça pra mim, meu irmão ainda insistia em querer saber como estavam a "doutora" ou a "dentista" e eu só desconversava. Dava risada e não respondia.

Muitos ficam surpresos quando eu respondo: "vou fazer 19 anos" e a surpresa não é só por causa da carinha de criança que a genética me forneceu, da voz que não atingiu um tom convincente, da altura que não me deu o porte ideal, mas principalmente pela forma como eu levo a minha vida. É importante não negar o que se é e a presença da minha criança interior é marcante, basta passar 5 minutos em minha companhia. Eu amadureci, me eduquei pra ser adulta e enfrento os desafios que me foram impostos por isso, não abandonei os gostos peculiares, os bichinhos de pelúcia nas prateleiras do quarto ou a visão romântica de enxergar o meu mundo ideal. Já não acredito fielmente em finais felizes porque aprendi a me decepcionar. Acredito na positividade, no poder do sorriso e na manutenção da inocência.

Para muitas pessoas da minha idade, a infância foi marcada por brincadeiras e jogos em grupo e eu também participei destas brincadeiras. A diferença é que antes de descobrir como era brincar com outras pessoas, eu brinquei comigo mesma.

Texto com análise baseada em relatos da infância, articulado para a disciplina de Estudos da Semiótica. 3º semestre de Jornalismo.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Porra, Adílson!

Para começar o texto de hoje, já peço desculpas por algumas coisas.

A primeira é, o palavrão no título e algum eventual que aparecer no texto, estou escrevendo de cabeça quente e pode ser que eu não encontre sinônimos pras expressões usuais. E a segunda é o fato de voltar a escrever sobre futebol, eu estava tentando parar um pouco, mudar de rumo, de assunto e tornar o blog mais visitável; mas o que aconteceu hoje precisava ser relatado por mim em algum lugar, e nem o Twitter nem o Tumblr são adequados para a quantidade de caracteres.

Hoje aconteceu um novo empate, 1x1 contra o São Bernardo, na Vila Belmiro. Quem vê de fora diz que não é necessário preocupação, que a campanha é boa, que tudo está lindo, maravilhoso, mas não está. Enxergo o grupo deste ano comprometido, mas não vejo entrosamento em campo. E precisamos disso para cumprir o objetivo de conquistar a Libertadores.

Os primeiros jogos do Santos no Paulistão foram perfeitos: Goleadas ou então muitos gols marcados, volume de jogo, defesa bem postada, união e concentração. Era o reflexo daquilo que não só os santistas, como os torcedores de outros times, pensavam sobre o Santos de 2011. Avassalador, campeão de tudo, melhor representante brasileiro na Libertadores, etc. E tudo isso não era sem propósito.

Enfim, as primeiras exibições foram contra equipes sem expressão e o grande teste foi o clássico contra o São Paulo. O time foi bem, ganhou, mas a partir daí, caiu e muito de produção. Foi uma queda drástica. Todos os jogos a partir de então foram disputados sem vontade, independente de vitórias, derrotas ou empates. É isso que a torcida mais quer, vibração. Não importa se perde ou empata, por enquanto, mas que jogue com vontade de ganhar, sem se apequenar diante dos pequenos. O Santos é grande e merece gente grande o comandando e o defendendo, gente de caráter.

A queda de produção se deve à muitas coisas:

A contusão de atletas considerados fundamentais e titulares - Isso impediu que a escalação ideal fosse a campo por uma única oportunidade. É o time com Arouca, Jonathan e Ganso que corresponde ao Santos ideal, não nenhum outro que foi a campo esse ano. Quando Jonathan e Arouca dão indícios que estão em condições de jogo, logo se machucam novamente. É complicado! E ainda há a incógnita sobre a volta do Paulo Henrique, ninguém sabe se ele vai voltar bem e rápido o suficiente pra salvar o time. Acreditem, ele consegue salvar. Falta exatamente alguém como ele, com as funções dele, pra tudo dar certo. Torço pra isso acontecer todos os dias. E vai acontecer!

Jogadores importantes com destino traçado - Zé Love e Maikon Leite, atacantes e artilheiros da equipe, tem contrato fechado com Genoa-ITA e Palmeiras, respectivamente. Apesar da dedicação ao clube, jogam sobre pressão e não correspondem.

A invenção de posições de jogadores e escalações mal feitas - Por haver muitos jogadores machucados ou sem condições de jogo, o treinador preferiu mudar as funções dos jogadores de confiança em campo do que utilizar as peças de reposição do elenco. Isso sobrecarregou alguns e desmereceu outros. Exemplo: Danilo, 18 anos, voltou da sub20 voando na lateral direita, foi escalado em sua estreia na Libertadores como um meia/lateral/atacante um dia após chegar de viagem cansativa e sem treinar com o grupo.

Insistência em erros - Esse é o pior de todos. O Paulistão seria uma forma de treinar para a principal competição do ano; é claro que é importante ganhar o Paulistão também, mas não é o que exige mais foco e dedicação. Os erros cometidos no Paulistão, não podem se repetir na Libertadores, e quem adivinha o que aconteceu na Libertadores? Diogo e Neymar, que se conheceram um dia antes, foram escalados como dupla de ataque titular; Danilo vagou sem posição o jogo inteiro, a escalação ninguém entendeu ainda, o sistema de ataque e marcação, muito menos; não levamos gols do pior time do grupo 5, o que é bom, mas por outro lado, não fizemos gols e nem tivemos oportunidades para fazê-lo. Um 0x0 sem graça. Pra um jogo só, na principal competição do ano, foram erros demais.

Ok. Parei. Agora vamos ao objetivo do texto.

Não sei se eu deveria culpar o Adílson por tudo isso que eu citei, mas ele é o mais responsável por ter desandado com uma equipe que tinha tudo pra ser vitoriosa. O time que ele montou, ou quis montar, não deu certo. E o Santos não pode se prestar a aceitar que todo o planejamento vá para o lixo tão cedo! Ou tem uma conversa séria com comissão técnica e jogadores, para que estes tenham noção de tudo o que está acontecendo, ou toma uma decisão e encontra alguém mais competente pra lidar com os jogadores. Será uma decisão difícil e determinada pelo resultado obtido na partida desta quarta feira, contra o Cerro Porteño, adversário mais forte do grupo 5. Se perdermos, o que não pode acontecer mais nessa fase de grupos, alguém vai embora e por justa causa.

E fica aqui uma última corneta, mas com fundamentos: O Neymar perdeu sua função no time.

Estou com dó de ver ele jogando, não por achar que ele está jogando mal, muito pelo contrário. Mas antigamente, ele cobrava as faltas laterais e os escanteios do Santos; hoje só o Elano faz isso. Ele cobrava os pênaltis, agora o Elano faz isso. Não reclamando das cobranças do Elano, mas o Adílson poderia revezá-los. Fora que quando Neymar vai à campo, o Adílson prefere escalá-lo variando de posições. Praticamente o obriga a fugir de sua principal característica: as jogadas pela lateral esquerda. O treinadore acusa que "é um desperdício pra um jogador da qualidade dele jogar somente pela esquerda", mas na esquerda é justamente onde ele rende melhor. O Neymar hoje fica flutuando, indo buscar a bola no meio de campo, saindo da área. Por ter de conduzir o ataque do time, regularmente erra dribles ou é derrubado pelos adversários. É claro que ele erra jogadas, é difícil quando entre ele e a grande área há uma série de jogadores marcando e fazendo cobertura.

Estou muito solidária à ele nesse novo esquema. O menino correu feito barata tonta o jogo inteiro, fez lançamentos maravilhosos e jogadas lindas que não se concretizaram, provavelmente se ele recebesse as bolas que lançou hoje, teria feito os gols. O Neymar merece ter a liberdade pra jogar que o Adílson sugere, mas não um impedimento ou uma sobrecarga. Ele é o craque do time, tem poder de decisão, mas não cabe somente à ele toda a culpa ou todo o mérito.

Pronto, acabou. Antes do jogo de hoje eu pedi goleada, senti no final do primeiro tempo que daria, mas eu não sei o que aconteceu, só sei que não deu (: Então, o mínimo que esses ingratos podem oferecer pra torcida é um bom jogo contra o Cerro Porteño. Não importa o placar elástico, mas sim a vitória, indo pra cima com determinação, vestindo o manto com amor e emoção, como diz a nossa musiquinha. Sem medo de adversário, jogando e produzindo o que sabe e com alegria. Contagiando nós torcedores que estamos tão preocupados. As vaias de hoje correspondem ao que sentimos e é bom que vocês autovaiem-se também. Tá tudo errado e vocês podem fazer a diferença, podem consertar os erros, enquanto nós torcedores, só torcemos para que isso aconteça.

A gente ama demais esse clube! Por isso a gente vaia, por isso a gente reclama, por isso a gente corneta, por isso ficamos com o coração na mão. Sabemos do que vocês são capazes; sabemos a tradição da camisa que vocês defendem e queremos a glória tomando conta de seus pensamentos, os enxendo de vontade para que voltemos a comemorar, juntos. Sem cobranças e com confiança.

#RumoaoTri. Já começou!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Primeira viagem internacional, será?

As aulas na faculdade voltaram a pouco tempo e com elas voltaram as conversas empolgadas e as muitas ideias. Três meses em casa é tempo demais pra pensar em muita coisa e a primeira semana de aula é além de tudo, feita pra externar vontades, desejos e planejar, planejar muito.

O fato é que todo mundo quer viajar em julho! E viajar de verdade (;

Como a nossa faculdade tem vários programas de cursos no exterior, estivemos pensando em viajar para um desses cursos, por um mês. O que nos motiva pra organizar pra tão cedo é a dificuldade de cursar no exterior no futuro, por conta de estágios e trabalhos fixos. O destino seria uma universidade na Califórnia e o objetivo, uma fluência em inglês.

A iniciação do fechamento das turmas começa dentro de algumas semanas e eu ainda não tenho nem o dinheiro, nem o passaporte, nem o visto e nem permissão e apoio total dos meus pais. Terei que providenciar tudo o mais rápido possível para agilizar as coisas. A energia das minhas amigas está contagiando, mas ainda não decidi se vou ou não. Tenho medo de passar tanto tempo longe de casa, não sei como eu lidaria com a saudade e com essa pseudo-independência.

Eu tenho certeza de que se a viagem fosse planejada pra um país latino ou até quem sabe a Espanha, eu já estava lá. Meu sonho é conhecer países hispânicos. Ao menos a comunicação não seria um empecilho que me assustaria tanto. Apesar de fazer aula de inglês a quatro anos e ter uma noção boa, eu não gosto de inglês e nem sou segura com o meu inglês.

Na minha vida é melhor que eu goste, que eu aprenda e que eu fale e eu sei disso. Agora me resta pensar na viagem, correr atrás e decidir se eu vou ou não.

Tem um tempinho ainda, tem muita coisa pra acontecer, pra dar certo e pra dar errado. Que seja feita a melhor escolha.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mudei tudo.

Quem sabe isso dê um up na minha vontade de escrever, na minha criatividade pra criar textos e na variedade de assuntos. É, estou numa pior com os meus textos, mas não quero abandonar o blog em definitivo, quero manter ativo e ter o meu espaço pra loucuras.

Nunca tenho a intenção de ser repetitiva, mas acabo sendo. Na obsessão de manter o espaço atualizado, gasto os dias com textos sem propósito.

Conto com a ajuda dos meus amigos pra me livrar desse bloqueio criativo rs Drama, né? Crise existencial.

E também, pode ser que o blog seja frequentado por pessoas que estão interessadas em conhecer o meu estilo de escrita, e não a minha paixão pelo Santos ou o que acontece na minha vida todos os dias, meus medos, inseguranças, talentos e preferências.

Preciso pregar opiniões, descrever pontos importantes e relatar acontecimentos com mais frequência. E o pior é que eu sei disso desde que eu comecei o blog, o criei com esse objetivo.

Até breve.
Com melhores ideias, eu espero.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Parabéns Neymar.

Hoje é aniversário do monstrinho! (: E eu disse que ia escrever alguma coisa, coisas que eu nunca escrevi; até porque no momento que as coisas aconteceram, ninguém estaria do meu lado.

Ao contrário do que eu deixo bem claro hoje em dia, eu não era muito fã do Neymar. Sempre havia uma sombra que não me deixava assumir de vez o meu lado Neymarzete; essa sombra se chamava Paulo Henrique Ganso. Quando o trágico acidente teve de desviar a sombra que encobria o Neymar, eu o acolhi. Aí ele escolheu ficar mais um pouco na Vila, pra talvez conquistar mais o carinho da torcida. E foi fácil aprender a gostar dele, muito fácil.

Tudo começou em setembro do ano passado, quando o Neymar se descontrolou. Em alguns jogos fez umas firulas desnecessárias, começou a cair em provocações e atingiu o auge da crise contra o Atlético Goianiense, na Vila Belmiro. O Santos perdia por 2x0 e iniciou uma reação que possibilitou uma virada. Neymar foi o nome da partida e quando foi derrubado na área, quis cobrar o pênalti. Ordens do banco o proibiram, já que estava numa fase ruim para cobranças de penalidade. Ele acatou as ordens, mas não gostou, reclamou com o técnico, xingou o capitão Edu Dracena e começou a firular de novo, não passava a bola pra ninguém, deu uma de menino mimado. Ele nunca tinha feito isso dentro de campo. Eu credito essa reviravolta de comportamento à sobrecarga de responsabilidade que se depositou nele após saída de jogadores importantes e lesão do Paulo Henrique. Ele não aguentou.

OK. Passou o episódio, o chamaram de monstro, foi punido mais de 5 vezes, mesmo depois de pedir desculpas publicamente a torcedores, técnico e companheiros, humilhado, malhado, criticado e de todas as formas, foi tratado como dono do clube e o culparam pela demissão do técnico, quiseram acabar com a sua carreira pra sempre. Sim, as ofensas partiam de todos os lugares, os falsos moralistas e anti-Neymar adoraram. A medida que as críticas começaram a ser abusivas, eu comecei a me cansar. Comprei o lado dele e desde aí não saí mais do lado do Neymar.

Desde então, ele assumiu o time inteiro. Foi vice-artilheiro do campeonato Brasileiro. Eleito melhor jogador da temporada, conquistou a América e a Europa, só o Brasil parece não estar totalmente conquistado. Ainda há críticas, ainda que os elogios sejam muito mais frequentes; quem diria que o menino de 18 anos que todo mundo quis queimar, ia dar a volta por cima dessa forma?

Ele é o grande ídolo dessa geração de meninos da Vila, que orgulha o torcedor, honra a camisa, e pode usar os clichês que forem, mas que sabe o que fazer para conquistar a torcida. Não acredito no papo de que ele só vai embora em 2014, até porque ele tem talento e precisa mostrá-lo para o mundo. Não quero que a despedida seja logo, mas que dure tempo o suficiente para marcar seu nome na história do clube e se Deus quiser, conquistar os títulos que tanto queremos.

É claro que nos meus sonhos dourados, a FIFA passa a considerar o futebol sulamericano, e ele (assim como o Paulo Henrique, claro) se consagra melhor do mundo jogando no Brasil e defendendo a seleção Brasileira, igual aconteceu com o Pelé. Ia ser o máximo, e mais um feito para sua carreira.

Eu torço por você, Neymar, sou sua fã. Não sou como as que te acham o mais bonito, que não veem defeitos em você; eu sou corneta, vou cornetar sempre que você merecer e quero que você seja o melhor do mundo, dê motivos de alegria pra todos os brasileiros e cale a boca de todos aqueles que um dia enxeram a boca pra dizer que você não tinha futuro, ou que você era problemático e isso atrapalharia o seu futebol. É muito fácil julgar, difícil é ter 18 anos e carregar tanta pressão. Você está lidando bem com tudo isso agora.

FELIZ ANIVERSÁRIO!
Dê uma de monstro de novo e destrua a Argentina amanhã.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A maior das batalhas por Thorben Knudsen

QUE TEXTO MARAVILHOSO! Em busca de vídeos sobre a partida histórica de 1995, achei esse texto na descrição. Utilizei uma parte para descrever o Giovanni, mas o texto inteiro é algo fantástico. Parabéns a quem escreveu, tenho orgulho de quem tem o dom das palavras assim.

A maior das batalhas por Thorben Knudsen

A Terra

Eu estava lá. E vou contar para meus filhos. Foi uma batalha inesquecível. A batalha de Kiergard não foi mais nobre, a de Frömsted não foi mais sangrenta. Eu estava lá. E vou contar para meus filhos. Naquela tarde o vento não soprou e a Lua ficou parada no meio do céu para olhar a grande luta. Os dois exércitos se enfrentaram sobre a grama verde do verão. Mas depois da batalha o verde tornara-se vermelho, tanto foi o sangue derramado pelos combatentes. Naquele tarde não anoiteceu, porque o Sol não quis se pôr para não perder nenhum lance da grande batalha. Eu estava lá, e vou contar para meus filhos.

Os Homens

Eu estava lá, e vou contar para meus filhos que, de todos os combatentes, o mais valoroso era o Homem-de-Cabelos-Vermelhos. Ninguém corria como ele, ninguém se esquivava dos golpes dos adversários como ele, ninguém matava como ele. E naquela tarde ele fez sua melhor luta. Naquela tarde, o Homem-de-Cabelos-Vermelhos, que já ídolo, quase virou Deus. Mas havia outros, havia muitos outros. Na retaguarda, como última esperança, como último homem a defender a bandeira, estava o Príncipe-de-Cabeça-Sem-Pelos, o filho do Rei. E no flanco esquerdo havia o Anão-Gigante, ágil como um coelho, esperto como uma raposa e traiçoeiro como um rato. Mas havia outros, havia muitos outros. Havia um com o nome de Galo, mas que merecia ser chamado de Tigre, outro a quem chamavam Pequeno-Carlos, mas que devia ser chamado Carlos-Gigante, e um de nome Passos, mas que dava saltos. E ainda havia Marcos, que tem o nome no plural porque aparece em vários lugares ao mesmo tempo. Eu vi todos estes homens, e vou contar para meus filhos.

A Luta

A missão destes homens era quase impossível. Eles tinham que derrubar três vezes a bandeira inimiga. Não uma nem duas, mas três. Parecia impossível, mas "impossível" era uma palavra que esses guerreiros não sabiam falar (principalmente Macedo, o gago). E já na primeira metade da luta a bandeira inimiga havia ido ao chão duas vezes. O Homem-de-Cabelo-Vermelho já havia feito parte do milagre. Houve então uma trégua. Os inimigos, vestidos de verde, se recolheram para descansar, beber água feito mulheres e orar por melhor sorte. Mas os homens de branco não. Os homens de branco ficaram no campo de batalha. Há quem diga que eles ficaram lambendo o sangue dos inimigos que havia caído pela grama, mas isso eu não vi. E o povo dos guerreiros de branco gritava e urrava. Então, na segunda metade do combate o milagre aconteceu por completo. Mesmo com menos homens, o exército de branco derrubou mais uma vez a bandeira inimiga. E outra, e mais uma. E no final da luta a bandeira dos homens-de-verde já havia caído cinco vezes. E quando a guerra acabou o povo de branco andava de joelhos, se abraçava e se beijava. Homens que não se conheciam cumprimentavam-se como irmãos e cantavam hinos de guerra. E os guerreiros foram para o meio do campo da batalha e deram-se as mãos. Então o Homem-de-Cabelo-Vermelho ficou no meio do círculo e levitou até a altura de um pinheiro. E seus cabelos pegaram fogo e só então, com inveja, o Sol se pôs. Eu estava lá, e vou contar para meus filhos.

JOSÉ ROBERTO TORERO,
jornalista da Folha de São Paulo, santista de coração.

Parabéns G10.

Hoje é aniversário do G10vanni, o Messias da Vila. Parabéns G10!

Apesar de ter rápidas passagens nas campanhas de 2005 e 2010, o período mais marcante de G10 na Vila foi em 1995/1996. Nessa época, eu com 3 anos, ligava mais pra TV Cultura, papéis e lápis de cor e nem sabia o que era futebol; mas agora, sempre que eu vejo esse vídeo fico arrepiada.




Meu pai e meus irmãos estavam no estádio nesse dia. Era uma semifinal de Campeonato Brasileiro, o Santos jogava contra o Fluminense para tirar uma diferença de 3 gols vindos da primeira partida, realizada no Rio de Janeiro. O Pacaembu estava lotado e corremos atrás da classificação. No intervalo, o time se recusou a descer para os vestiários, para sentir a vibração da torcida e garantir a vitória.

Giovanni comandou o jogo, fez gols, assistências, jogou uma barbaridade, tenho vontade de ver esse jogo inteiro ainda, pra sentir a emoção do início ao fim, encontrei poucos registros na internet.

Eu estava lá, e vou contar para meus filhos que, de todos os combatentes, o mais valoroso era o Homem-de-Cabelos-Vermelhos. Ninguém corria como ele, ninguém se esquivava dos golpes dos adversários como ele, ninguém matava como ele. E naquela tarde ele fez sua melhor luta. Naquela tarde, o Homem-de-Cabelos-Vermelhos, que já ídolo, quase virou Deus.

José Roberto Torero, jornalista da Folha, sobre Giovanni naquele dia.

Na final, infelizmente perdemos para o Botafogo em um jogo até hoje discutido por questões de arbitragem. Alguns torcedores reconhecem o Santos como campeão moral de 1995, eu estou entre eles :)

Não é a toa que mesmo sem ganhar títulos, é ídolo de todos os santistas. Ops, sem ganhar títulos? Não. O Giovanni fez parte do grupo que ganhou o campeonato Paulista de 2010. A final do campeonato tinha de tudo pra ser uma festa para ele, ele faria sua partida final e consagraria o clube como campeão, mas o Santo André resolveu jogar bola e com 3 jogadores expulsos, o título escorregava de nossas mãos, Giovanni acabou não jogando. Mas ao menos pode gritar campeão. Algo que lhe foi privado antes.

Parabéns, Giovanni! Obrigada por tudo aquilo que eu não pude acompanhar, por enxer de esperanças uma geração desmotivada e pela dedicação e amor ao Santos. Se não houve uma despedida oficial, talvez seja porque ainda há muito para acontecer. Obrigada pelo Paulo Henrique, também (;

Em 2010, comemoração do aniversário de Giovanni e
Neymar, dias 4 e 5 de fevereiro, respectivamente.


E amanhã, é aniversário do monstrinho Neymar, quem sabe eu escreva alguma coisa também (;

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Glamour Editorial.

Tradução da matéria da Revista Glamour México, sessão Glamourama - Hombre, com Alfonso Herrera. Me apaixonei pelo texto; eu diria que se coubesse a mim esse editorial, ele seria redigido de forma semelhante. Fui eu quem traduziu e adaptou, se perceberem algum erro, tolerem, ok? Guiem-se pelo contexto.

Glamour Editorial

Alfonso Herrera nos mostra um novo lado de sua personalidade. Com uma obra em cartaz e dois filmes prestes a ser lançados durante o ano, esse mexicano tem tudo para seguir colecionando triunfos em sua carreira. Nesse mês tão romântico, te apresentamos ao Poncho, um galã por excelência que com certeza vai te conquistar.
Glamourama: Homem.

Sim, Poncho Herrera, aquele de Clase 406. Sim, Poncho Herrera, aquele da telenovela renomada e que depois se tranformou em um grupo musical ainda mais famoso (Dificuldade de escrever Rebelde e RBD, né). Sim, Poncho Herrera, o mesmo que ainda que esteja próximo a completar 10 anos desde que fez seu primeiro filme, Amarte Duele, assegura que continua sendo o mesmo, somente ele. Te garanto que depois de ler este artigo, o verá com outros olhos.

Por Adma Kawage.

É um fato: Poncho Herrera pode fazer com que qualquer mulher se apaixone em 3,54 horas. Devo confessar, não sem temer a fúria das milhões de fãs do ator, que até o dia da sessão de fotos para Glamour, não me considerava uma conhecedora e nem fiel seguidora de sua carreira que rapidamente me demonstraria o porquê de Poncho ser tão bom para reunir admiradoras.

Chegou à nossa sessão vestido casualmente, discreto, com o cabelo desarrumado e um caminhar tão calado que no começo, nem me dei conta de sua presença. Cumprimentou pessoalmente a toda a equipe e não quis tomar café. Estávamos um pouco atrasados, mas se ele estava impaciente, não notamos. Entre brincadeiras, exibia suas meias comemorativas dos Pumas, as mesmas que ele dizia que aproveitava para colocar cada vez que tinha que usar meias escuras. Como poderemos não gostar desse homem?

Hoje, Poncho tem um dos papéis principais da obra Rain Man, produção que se apresentou pela primeira vez na América Latina e a mesma que estará em cena até março deste ano na Cidade do México, antes de iniciar sua turnê pelo resto do país. Charlie Babbit, personagem que se tornou lenda por Tom Cruise no filme de 1988, é um homem cujo pai morre deixando uma herança multimilionária a um de seus irmãos que sofre de autismo, chamado Savant, o que lhe confere memória privilegiada. Charlie decide capturar Raymond, fazendo uma viajem que o transformará de maneira não somente externa, mas também interna, mudando sua visão do que é a família e o valor dos laços de sangue.

Herrera se sente cômodo de estar de volta ao teatro e assegura que é um grande projeto com uma excelente equipe de diretores e produtores. Para ele, representa um grande avanço e aprendizagem sair de sua zona de conforto e se valer da atuação diretamente sobre o palco, sem edições ou segundas tomadas. Por trás da aventura que foi a obra, nos promete com um movimento de ombros e com as palmas das mãos para cima, que não sabe o que vem depois disso, nem qual personagem gostaria de interpretar. "Acredito que os papéis certos são aqueles que escolhem para você, e tudo vem aos poucos, até agora foi assim que todos chegaram a mim".

Este ano, além da obra, estreiará dois filmes, ambos dramáticos, um chamado Venezzia (perfeito!) e outro cujo nome, até o fechamento da edição, era Así es la suerte. Os projetos e ofertas continuam chegando a sua porta. Que sorte para nós, aquelas que querem ver tudo o que esse ator é capaz de oferecer.

Durante as fotos, assume a personalidade de cada setting sem problemas. Passamos de um cenário urbano para um casual e para outro de playboy festeiro novamente sem problemas. E a cada vez que o fotógrafo anunciava que já tínhamos quadros suficientes para uma tomada, o ator relaxava os ombros, nos presenteava com um sorriso aberto e voltava a ser somente Poncho. Um homem a mais, que poderia ser qualquer um de seus conhecidos; se é que você tem conhecidos tão ridiculamente bonitos.

Poderia jurar que do Poncho de Clase 406 ao Poncho de Rain Man havia uma diferença radical. Ele nos assegura o contrário, que a única coisa que mudou de verdade foi o passar dos anos. "Continuo fazendo exatamente o mesmo, me sinto exatamente igual, ainda que tenha uma responsabilidade maior no trabalho." Entre seus hobbies de toda a vida está o futebol, é um fã incondicional dos Pumas e joga na liga de Ajusco nos fins de semana; tem os mesmos amigos de sempre, sai e vai ao cinema com sua família. Com um relógio na mão, a cada minuto nos tornamos mais confiantes e menos receosos. E quando nos conta que seus exemplos a seguir são seu pai e sua mãe, nos compra.

Para terminar, o perguntei: se seus amigos pudessem descrevê-lo em uma única palavras, qual seria? E ele respondeu: peculiar. Sim, Poncho, suas milhões de fãs de sempre e depois de 3,54 horas, agora eu, estamos de acordo. Herrera é peculiarmente divertido, peculiarmente acessível, peculiarmente encantador, peculiarmente talentoso, mas sobretudo, peculiarmente habilidoso e rápido para conquistar uma mulher de forma infalível.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Hospedeira - trecho.

Minhas férias só se diferem dos dias letivos porque nos dias letivos eu tenho uma rotina, já nas férias a monotonia impera. Eu não faço nada a não ser aquilo que faço normalmente, mas além da tarde, minha manhã e minha madrugada são vagas. Aí, quando eu canso de estar de férias, eu fico buscando passatempos interessantes, quase sempre livros, filmes ou séries de televisão, como foi o caso de Gossip Girl. Finalizando todas as temporadas da série, eu me prendi ao livro do título do tópico, já imaginava que seria assim.

Stephenie Meyer, autora da saga Crepúsculo, sabe como criar universos paralelos ao nosso e confundir os mundos. E para ajudar bastante, ela cria um suspense que faz com que seja impossível deixar de ler. É uma loucura, uma confusão, mas é fantástico.

A Hospedeira se passa num futuro próximo, onde a humanidade foi tomada por extraterrestres que recebem o nome de Almas; elas são implantadas no cérebro humano e tomam sua consciência. As Almas possuem uma organização semelhante a da sociedade humana, porém vivem em harmonia, sem divisão de classes sociais ou troca de dinheiro por mercadorias. Alguns humanos sobrevivem em meio às Almas e eles são uma raça procurada pelos chamados Buscadores, que têm a missão de encontrá-los. Quando Melanie, uma humana, é descoberta e comete suicídio, a Alma Peregrina, é implantada em sua mente com a missão de descobrir o paradeiro dos outros humanos. O que as Almas não imaginam é que Melanie é capaz de controlar suas memórias, impedindo que Peregrina descubra detalhes sobre sua vida, bloqueando tentativas, forçando detalhes sentimentais sobre sua vida humana e, principalmente, se comunicando com Peregrina. Assim, a humana Melanie consegue fazer com que Peregrina nutre sentimentos por seus amigos e por sua própria hospedeira. Aliadas, elas fogem das Almas e partem em busca de Jamie, o irmão, e Jared, o grande amor de Melanie e agora também, o grande amor da vida de Peregrina.

Para aqueles que pretendem ler, o trecho que segue faz parte do capítulo 50, ou seja, conta parte do desfecho da história. O desfecho completo nem eu descobri ainda, mas posso imaginar, já que a curiosidade não me impediu de procurar informações antes da hora. Esse trecho é para mim o mais marcante até agora, resume muitos sentimentos da personagem. Devo terminar de ler o livro ainda hoje e vou ficar com muita saudade.

Capítulo 50 - Sacrificada; página 452.

Tateei meu rosto com a ponta de meus dedos. Eles eram mornos sobre a pele, pele que era suave e bonita. Eu estava feliz de devolver o rosto de Melanie do jeito que ele era. Eu fechei os olhos e toquei minhas pálpebras.

Eu tinha vivido em tantos corpos, mas nunca um que eu amei assim. Nunca um que eu desejasse dessa forma. E claro: era desse que eu tinha que desistir.

A ironia me fez rir, e eu me concentrei em sentir o ar que passava em pequenas bolhas pelo meu peito e garganta. Risadas eram como uma brisa leve – limpava o caminho pelo meu corpo, fazendo tudo sentir melhor. As outras espécies também tinham esse remédio tão simples? Eu não consegui lembrar de nenhuma.

Eu toquei meus lábios e lembrei da sensação de beijar Jared e da sensação de beijar Ian. Nem todo mundo tinha a chance de beijar tantos corpos bonitos. Eu tive mais do que isso, mesmo neste curto espaço de tempo.

Tão curto. Talvez um ano, eu não tinha muita certeza. Só um curto espaço de tempo nesse planeta azul e verde que girava em torno dessa estrela excepcionalmente amarela. A vida mais curta que tive das vidas que tive. A mais curta, mais importante, mais sofrida das vidas. A vida que para sempre me definiria.

A vida que finalmente me ligaria a uma estrela, a um planeta, a uma pequena família de estranhos. Um pouco mais de tempo... isso seria tão errado?

Não. Melanie suspirou. Só mais um pouco de tempo.

Você nunca sabe quanto tempo terá. Eu murmurei de volta.

Mas eu sabia. Eu sabia exatamente quanto tempo eu tinha. Eu não podia tomar mais tempo. Meu tempo tinha acabado.