segunda-feira, 14 de março de 2011

Experiência traumática.

No mundo em que vivemos hoje, o mais natural é relacionar o modelo de jornalismo com os telejornais, certo? O telejornalismo é a garantia de boa informação que atinge o maior número de pessoas. Eu, estudante de jornalismo, porém, nunca me imaginei trabalhando na televisão por alguns motivos muito fáceis de explicar: insegurança (tanto na fala como na aparência: altura, cabelo cacheado, óculos) e os meus trejeitos: passar a mão na testa, movimentar muito os braços e mexer muito no cabelo. Tudo isso pode ser contido com muita força de vontade, prática e confiança. Mas é tanta coisa que eu acho mais fácil não me arriscar.

Hoje eu tive a minha primeira experiência como jornalista na frente das câmeras de televisão. Foi na faculdade, aula de Edição e Reportagem. A professora chegou na sala e disse que gravaríamos boletins ao vivo para exercitar o posicionamento em frente às câmeras e para que nos sentíssemos mais a vontade nas seguintes atividades do semestre. Tivemos uma hora pra elaborar um texto de tema livre, que durasse em torno de 30 segundos. O texto foi produzido em dupla e era simples, mas eu tinha medo de não conseguir decorar. Atingir o equilíbrio entre o nervosismo e o não esquecimento seria o mais difícil e a união disso provocaria gagueira e mais e mais trejeitos. Eu podia prever.

E adivinhem o que aconteceu comigo? Passei vergonha na frente de todo mundo. Custei pra falar o textinho que eu tinha decorado direitinho durante os meus ensaios, foram necessárias várias tentativas antes que eu por fim dissesse o "Rejane Santos para o Anhembi Notícias", na verdade, só consegui fazer isso quando ninguém mais prestava atenção no que eu falava, nem mesmo a professora ou o repórter cinematográfico que pacientemente me gravava. E foi em um momento que eu já pensava em desistir do exercício. Já disse que foi uma experiência traumática? Já né? Então enfatizo.

Eu preciso de muita preparação pra pegar no tranco pra essas coisas. Preciso de muito ensaio. De tempo pra fazer do texto uma música, de forma que ele não desgrudasse da minha cabeça. Quando eu era criança, lidava melhor com isso. Eu era escolhida pra ler em frente à turma, na formatura, e como não era segura com a leitura ainda, simplesmente decorava o que precisava falar. E muitos desses discursos, eu lembro até hoje.

Só sei que só volto a gravar pra televisão quando eu estiver devidamente preparada. Tenho meus direitos HAHAHA

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