segunda-feira, 14 de março de 2011

O maestro da Vila voltou!

Achei até que demorei muito pra esboçar um texto sobre esse assunto, só quis esperar esses dias pra ouvir todas as entrevistas e comentários sobre seu retorno; e acho que consegui. Li todos os artigos dos meus portais favoritos, assisti aos comentários de programas de gêneros e pessoal diferentes, em emissoras diferentes, mas sempre o que conta mais é a opinião da gente, o que nós pensamos a respeito do que a gente vê. Ainda mais quando somos torcedores fanáticos, repletos de emoção.

Revirei meus arquivos neste blog pra ler o que eu tinha escrito sobre a lesão do Paulo Henrique, naquele fatídico mês de agosto do ano passado. E lembro de como eu me senti mal. Quando a notícia da lesão e do tempo de recuperação vazaram, eu chorei. E chorava a toda hora que ia repassar a informação ou comentar sobre ela. Eu nunca soube explicar essa vontade chorar que o Santos me proporciona e acho que nunca vou saber. O jeito é aprender a controlar.

Durante esse meio tempo, fomos aprendendo a lidar com a falta que Paulo Henrique fazia; no time não muito inspirado do segundo semestre do ano passado, Neymar dava conta sozinho; a colocação final no campeonato Brasileiro foi muito aquém do que estava escrito no começo do ano, do que poderíamos ter conquistado se Paulo Henrique não tivesse se machucado. Muita coisa seria diferente hoje. Para melhor, é claro.

No último mês, quando a volta já se aproximava e as expectativas cresciam. Ele abriu a boca pra falar demais, me deixou muito irritada. Quase que isso afetou a vontade que eu tinha de vê-lo voltar a jogar pelo Santos. Eu tenho uma opinião bem formada sobre isso, mas tentei não misturar o jogador com a pessoa física, nos dias atuais fica complicado lidar apenas com sentimento. O fato é que o importante seria esperar o seu retorno.

A longa espera de 6 meses e alguns dias finalmente terminou. Um alívio para o Ganso, para seus familiares e amigos, para os santistas ou simplesmente para quem gosta de futebol. No seu retorno, ostentou a camisa 16 e aguardou durante o primeiro tempo no banco de reservas, não estava em sua melhor forma e era uma maneira de preservá-lo para futuros jogos. Sua entrada deu cor ao que estava cinza, acordou os dorminhocos e instalou sorrisos na torcida que acompanhava o jogo, todos aplaudiam de pé a volta do maestro da Vila. A alma do time. Bastaram10 minutos para que percebêssemos a falta que ele fazia dentro de campo, um lançamento preciso para Zé Love que resultou em gol de Elano e um gol dentro da pequena área, referência que faltava para as jogadas laterais do time. Que bom que o Ganso voltou, vai acertar o time. Com ele o Neymar joga mais, o Elano joga mais, o Zé Love joga mais e é capaz até que o Keirrisson comece a brilhar em campo. Faz milagre mesmo. Mágica.

Para o jogador, a espera e a lesão podem não ter tido um lado positivo. Mas para mim, com certeza teve. E o ponto positivo foi deixar a minha "endeusação" pelo Paulo Henrique um pouco de lado. Comecei a valorizar o coletivo, outras peças importantes do grupo e principalmente o Neymar. Este último muito por conta da "monstrificação" do caso Dorival Jr. Hoje não sei se gosto mais do Ganso, do Neymar, do Rafael, do Léo, do Elano ou até mesmo do Durval. Gosto do grupo inteiro (com algumas exceções, em alguns jogos) e acho que eles todos representam muito bem a grandeza do Santos. Quando jogam com determinação, pra frente, do jeito que a torcida gosta. No estilo do Santos. O DNA santista.

E independente de confusão, dele falar demais ou de menos. Em campo ele é fora de série. Mano, ainda dá tempo de desconvocar alguns jogadores pra esse amistoso do final do mês. A busca acabou. O camisa 10 da seleção voltou. O da selesantos também.

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