terça-feira, 29 de junho de 2010
Brasil x Chile
Ambas as equipes estavam desfalcadas para um jogo decisivo e isso preocupava aos torcedores. Iniciava-se a fase de mata-mata da competição, isso revelaria o potencial das equipes em momentos de pressão.
O Chile se via mais prejudicado, já que no último jogo contra a Espanha, sua dupla de zaga fora punida, deixando uma das áreas que mais exigem a atenção, fragilizada (principalmente contra uma equipe como a do Brasil). Muito embora isso sugerisse que o Chile se contesse, o ínicio do jogo foi equilibrado. Marcelo "El Loco" Bielsa, técnico do Chile, possui a característica de armar um time para o ataque e durante a Copa, pode-se observar momentos em que esse esquema tático era eficaz, ou não. O equilíbrio do início do primeiro tempo foi se desfazendo a medida que o Brasil começava a entrar no jogo, furando a marcação e contendo os avanços chileno; para que isso acontecesse, levou-se cerca de 30 minutos. Diferentemente dos outros jogos, pode-se observar um Brasil muito mais competitivo e veloz; resultado das modificações na equipe.
Quando a notícia de que Elano e Felipe Melo não haviam se recuperado das lesões surgiu na mídia, muito se especulou a respeito de como Dunga reporia seu time; cogitando-se a exposição do ataque com Robinho recuado e Nilmar no ataque, ou a proteção ao meio campo com a escalação do volante Josué. O que foi feito surpreendeu a muitos, já que Daniel Alves e Ramires exercem funções mais agressiva e dessa forma, o meio campo ficaria desprotegido. As funções se modificaram para formar um meio campo diferente: Daniel Alves jogaria mais avançado e Ramires mais contido, como um segundo volante. Os passes no meio campo foram mais rápidos, com jogadas com toques de primeira para confundir a marcação e muitos erros no domínio de bola, poucas chances de gol enquanto o jogo ainda se equilibrava.
Juan: o discreto
A dupla de zaga brasileira é considerada uma das melhores do mundo e passa total confiança aos torcedores e aos próprios jogadores. Apesar de Juan estar sempre cumprindo muito bem o que lhe é de responsabilidade, Lúcio acaba sempre levando um mérito maior porque além de ser o capitão, ele se arrisca na condução e nos dribles. Juan é discreto, porém muito eficiente.
Por toda a discrição que o ronda, ele pouco se destaca e ontem foi um dia que ele se destacou totalmente. As jogadas chilenas existentes aconteciam sempre pelo lado direito, onde Juan aparecia muito bem, e além de tudo, foi ele quem marcou o gol que iniciou a contagem brasileira. Aos 34 minutos, em cobrança de escanteio por Maicon, Juan subiu mais que todo mundo pra cabecear sem chances para o goleiro Bravo. Na comemoração, manteve o semblante sério, mas o sorriso daqueles que o cercavam já bastava para que um país inteiro se alegrasse.
Robinho, Kaká e Luís Fabiano: O trio de ouro do Brasil
A cada competição existe um grupo de jogadores que chama a atenção e recebe tratamento especial. Apesar de não muito badalado, o trio de ouro dessa Copa do Mundo tem feito a diferença. Estatísticas apontam que quando Robinho, Kaká e Luís Fabiano são escalados como titulares, o Brasil sempre sai vitorioso.
Nessa partida após receber a bola do meio de campo, Robinho avançou e tocou para Kaká que esperou o momento certo para deixar Luís Fabiano livre de marcação para driblar o goleiro e aumentar o placar. Essa foi a segunda assistência de Kaká para Luís Fabiano na Copa e demonstra quanto os jogadores se conhecem, desde a época em que jogavam pelo São Paulo.
Apesar de desempenho fraco com relação ao dos outros jogos, Robinho foi considerado o melhor jogador em campo em eleição organizada pelo site da Fifa. Robinho rompeu uma marca histórica e se igualou à Pelé. Durante as cinco partidas disputadas contra a equipe latina na era Dunga, Robinho já havia marcado em 7 oportunidades. Ramires aproveitou um bom momento da defesa e deixou a retaguarda para driblar marcadores em velocidade, chegando perto da grande área chilena rolou a bola para Robinho que escolheu o canto e marcou seu oitavo gol contra os chilenos. Se em um futuro encontro o ídolo da nova geração santista voltar a marcar, superará o atleta do século.
Gilberto Silva e Ramires: segurança e bom desempenho
Gilberto Silva realizou ontem uma partida esplêndida e rendeu bons comentários de todos aqueles que por muitas vezes criticavam seu estilo de jogo. Talvez por entrar em campo como único volante e pela responsabilidade do jogo, ele tomou para si as jogadas e controlou bem o espaço, arriscando-se até mesmo na ligação com o ataque, o que sempre lhe fora exigido.
Ramires aproveitou sua oportunidade como titular e se dedicou ao máximo para auxiliar na proteção do meio campo, marcou bem, cortou bem e mostrou a versatilidade com que ele é capaz de atual. Porém, quando muitos já acreditavam que o substituto do tão criticado Felipe Melo se definia, Ramires foi punido com o segundo cartão amarelo, desfalcando o time nas quartas de finais; contra o time da Holanda.
Apesar da posição de volante passar despercebida, a dupla funcionou. E fez com que o Brasil a não levasse "sufoco" da equipe chilena.
Os jogadores brasileiros fazem uma contagem regressiva de jogos até à final e passado o desafio contra o Chile, ficam faltando apenas três. O próximo é contra a forte seleção da Holanda, que em Copas do Mundo participa de um confronto assíduo com o Brasil. A seleção holandesa conta com uma dúvida, que pode ser negativa ou positiva para o Brasil: devido aos adversários mais fracos, não pode se considerar que a Holanda tenha sido testada na competição e por causa disso também não se sabe qual será a postura do time diante do Brasil.
Apesar da preocupação que esse ponto possa gerar, a seleção brasileira conta com a confiança que o jogo bem jogado proporcionou, a aparente recuperação dos jogadores que apareciam como dúvida e a certeza de que aqueles que em um momento tão decisivo, até mesmo aqueles que não fazem grandes exibições podem ser um diferencial.
O caminho até o hexa é curto e totalmente capaz de ser percorrido.
Que venha a Holanda. Jogão.
imagens: globoesporte.com / terra.com.br / uol.com.br
domingo, 27 de junho de 2010
eu sinto saudades
sábado, 26 de junho de 2010
A breve segunda vida de Bree Tanner
(...) Ao escrever sobre Bree, coloquei-me pela primeira vez no lugar de um narrador que era um vampiro "de verdade" - um caçador, um monstro. Tive de olhar para nós, humanos, através dos olhos dela, vermelhos: de repente éramos patéticos e fracos, presas fáceis, sem nenhuma importância além de ser um lanchinho saboroso. Senti como era estar sozinha entre inimigos, sempre alerta, sem ter certeza de nada, exceto de que sua vida está em perigo. Mergulhei em um tipo inteiramente diferente de vampiros: os recém criados. A vida do recém-criado era algo que eu ainda não havia explorado - nem mesmo quando Bella finalmente se tornou uma vampira. Bella jamais foi uma recém-criada como Bree. A experiência foi fascinante, sombria e em última análise, trágica. Quanto mais eu me aproximava do fim inevitável, mais queria ter terminado Eclipse de um jeito um pouco diferente.
Fico imaginando o que você sentirá por Bree. Ela é uma personagem muito pequena, aparentemente trivial em Eclipse. Vive apenas cinco minutos do ponto de vista de Bella. No entanto, sua história é muito importante para a compreensão do romance. Quando você leu a cena de Eclipse em que Bella fixava o olhar em Bree, analisando-a como um possível futuro, em algum momento pensou no que teria levado Bree até ali? Quando Bree encarou Bella e os Cullen, você pensou como ela os via? Provavelmente não. E, mesmo que tenha pensado, aposto que não descobriu os segredos dela.
Espero que acabe gostando de Bree tanto quanto eu, embora esse seja um desejo meio cruel. Você já sabe: a história não acaba bem pra ela. Mas, pelo menos, você vai conhecer toda a trama. E vai ver que nenhum ponto de vista jamais será completamente óbvio.
Livro perfeito. Como todos os outros. Quatro dias para Eclipse.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Brasil x Portugal
quinta-feira, 24 de junho de 2010
momentos únicos
É bom quando você não ter medo de ser quem você é, não teme a repulsa e ri das besteiras mais sem significado que possam existir. O tempo, ainda que curto, com elas sempre vale a pena. Posso ter que me afastado devido aos acontecimentos, os horários podiam não bater, cada uma podia ter sua responsabilidade; tudo isso dificultou muito as coisas. Ainda assim, é bom saber que mesmo depois desse abandono, quando a gente se vê é sempre igual. Como se nada tivesse acontecido. Como se fossêmos as mesmas dos tempos de colégio.
Ontem, enquanto eu e a Bel comíamos um churro de chocolate, nos lambuzando como nunca, ela me falou de uma música, que para ela lembrava muito a época que nós 4, nós 5, nós 6, nós 7 ou nós 8 viajávamos juntas. Chegando em casa, coloquei a música pra carregar e ouvi. Apesar da letra remeter à casais, se encaixa perfeitamente à nossa amizade. Lembrem-se sempre de como foi ótimo, do quanto brigávamos por bagunça no quarto, de como comíamos besteiras já de madrugada, de como reclamávamos do tempo que cada uma levava no chuveiro, do barulho que a gente fazia com os pais da Bel dormindo, daquela ladeira que cansava, do lago e da velha de branco, do quanto nos divertíamos, de como eram os nossos rituais de último dia: abraços coletivos, despedidas, saudade e agradecimento.
Capital Inicial - Depois da meia-noite
A cidade as vezes é o inferno
Criei então um universo
Onde tudo era perfeito e feito pra nós
Passamos muito tempo sentados na calçada
Falando sobre tudo e não dizendo nada
Seu sorriso vale mais de mil palavras
Deixa que o futuro fica pra depois
Depois da meia-noite nós acendemos as luzes da cidade
Nos abraçamos e ficamos juntos até nascer o sol
Noites de verão e dias de inverno
Poucos minutos parecem eternos
Você sabe eu não sei mentir
Esse mundo perfeito nunca vai existir
Não quero esquecer as noites viradas
Falando sobre o mundo até a madrugada
Nos seus olhos eu vejo a verdade
Faça o que você fizer diga o que você quiser
mais mudanças
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Cartas para Julieta
Diferentemente do que possam pensar, apesar de ser uma pessoa que transborda emoções e que chora com facilidade para certas coisas, o único momento que me fez ensaiar lágrimas nada teve a ver com o romance, mas sim com uma frase dita em um momento qualquer envolvendo outro tipo de amor. Olhei para o lado, vi meus pais e segurei a tristeza momentânea, talvez se eles não estivessem ao meu lado, a frase e a própria cena não teriam me marcado tanto.
Por outras vezes, cheguei a resumir histórias de peças de teatro que eu assistia, ou até mesmo de filmes que eu gosto, mas desta vez não farei resumos e nem contarei o final. Eu me conheço e sei que contaria cada detalhe. Quando eu gosto, eu gosto mesmo; não tem jeito. Assistam, é melhor.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Brasil x Costa do Marfim
O Brasil já entrou em campo pressionado devido ao futebol apresentado contra a Coreia do Norte. Contra a Costa do Marfim, jogo que valia a classificação antecipada para a segunda fase da Copa do Mundo, se esperava um jogo mais difícil e mais bem jogado. Isso não aconteceu em totalidade. Além da melhora tática dos jogadores dentro de campo, o que possibilitou a facilidade do Brasil ao jogar, houve lances de contra ataque e o melhor condicionamento de Kaká para armar jogadas e lançar. Quanto ao que se esperava de um jogo bem jogado, a falta de punições em faltas violentas e excesso de erros do arbitro (tanto contra como a favor do Brasil) não funcionaram; mas apesar do teor de violência, foi um dos jogos mais emocionantes de toda a competição.
O primeiro lance do jogo partiu dos pés de Robinho. Em uma jogada rápida ele recebeu e bateu de longe tentando encobrir o goleiro; a ofensividade parecia querer resumir o resto do jogo. Mas ao contrário do esperado, a seleção se viu pressionada por uma Costa do Marfim não muito técnica, mas que teve oportunidades em bola parada. Tudo isso aconteceu em decorrência da afobação e de erros de passes no meio campo por parte principalmente de Kaká e Felipe Melo. Foi uma sequência de escanteios e faltas próximas a área que assustaram, uma vez que sabíamos que eles tinham Drogba e que a qualquer momento este poderia resolver sozinho para sua equipe.
Passado o susto, só a alegria.
Luís Fabiano : a hora chegou
O artilheiro da seleção, centroavante de confiança do treinador, que ganhou o respeito dos torcedores e que tem como principal incentivador Ronaldo (antigo dono da camisa 9) estava a 6 jogos sem marcar. Uma lesão grave o fez viver longos meses de poucos gols e isso gerava preocupação a todos a respeito de como seria seu estado para a Copa do Mundo.
Ele afirmava que quando os gols fossem sair, sairiam de uma vez. Só não se esperava que fossem ocorrer de forma tão fabulosa. Aos 24 minutos, quando o Brasil ainda se via pressionado com as chegadas da Costa do Marfim ao ataque, os três jogadores mais cobrados do grupo resolveram agir para o bem da equipe, numa jogada que reuniu: sincronização, técnica, velocidade, tabela, sorte e concluiu-se com um chute indefensável para o goleiro Barry. O nome dos envolvidos? Robinho, Kaká e Luís Fabiano. O nome do gol? Luis Fabigol/Fabuloso. Este encerrou seu jejum e aproveitou para dedicar o gol à filha Giovana, que completava 6 anos neste dia 20.
Ontem, na África e em vários lugares do mundo era comemorado o Dia dos Pais e a menina pareceu mesmo motivar o pai, já que na volta do segundo tempo, aos 6 minutos, ele realizou a façanha de sua vida. Como se não bastasse uma sequência de chapéus beirando a área, ele conseguiu levar na conversa o árbitro que não viu que o momento em que dominava a bola na mão e o incerto toque de braço em outra oportunidade. A finalização foi consciente e o gol foi bonito para quem viu. Os toques de mão pareceram minúsculos e irrelevantes se comparados com a felicidade que esse gol proporcionou a todos os torcedores e ao próprio atacante, agora motivado.
O terceiro gol surgiu em uma arrancada de Kaká pela lateral esquerda e cruzamento para Elano, que marcou. Elano também dedicou o gol às filhas. O placar largo e a importância dos gols estavam estampados na expressão dos jogadores de ataque e também nos de defesa. Maicon, Julio César e Lúcio proporcionaram uma imagem muito bonita de alívio após o gol. O Brasil já estava mais do que classificado para a próxima fase, em um grupo que muitos consideravam o "o grupo da morte" da Copa de 2010.
Desde o começo do jogo, o juiz francês foi apontado com um árbitro que prefere conversar à penalizar (essa característica geralmente é admirada em Copa do Mundo, já que uma pena mais dura pode prejudicar muito uma equipe). O juiz levou o jogo na conversa até certo momento e quando resolveu punir, já era tarde demais. Quando o Brasil fez seu terceiro gol, a Costa do Marfim parecia ter esquecido que o verdadeiro objetivo do futebol era jogar bola e transformou o Soccer City em um ringue. Elano levou uma entrada fortíssima, que o obrigou a sair de campo mancando. Daniel Alves o substituiu. O agressor não levou nem cartão amarelo. Em jogada semelhante, logo após o lance de Elano, Michel Bastos também recebeu uma entrada forte, dessa vez ainda mais maldosa e o agressor foi penalizado com cartão amarelo. Isso começou a revoltar os brasileiros que estavam apanhando sem poder argumentar com o árbitro, que não demonstrava seu critério de punição.
Kaká: O injustiçado
O camisa 10 brasileiro além de ser cobrado pelos torcedores, é cobrado constantemente por ele mesmo. Ele sabe a importância que tem para a equipe e o quanto seu desempenho é essencial para que os ataques fortes aconteçam e o Brasil tenha a cara do Brasil. Na partida contra a Coreia do Norte, seu desempenho foi de evolução mas não beirou os 50% do que ele é capaz. No jogo deste domingo, a melhora foi significativa e podemos acompanhar em campo um Kaká que há muito não víamos. Pena que a sequência de jogos foi interrompida por um erro grotesco do árbitro francês.
Kaká, já havia sido penalizado com cartão amarelo e reclamava constantemente das atitudes dos jogadores marfinenses. Justamente em uma dessas atitudes, numa trombada ocasional, o jogador adversário simulou uma cotovelada e Kaká foi repreendido novamente, o que gerou seu segundo cartão amarelo e consequentemente o vermelho; o impedindo de enfrentar o agora poderoso Portugal, que goleou a seleção da Coreia do Norte por 7 x 0 em jogo pelo Grupo G, o mesmo do Brasil. Kaká não poderá trocar camisetas com o companheiro de clube Cristiano Ronaldo e até mesmo o adversário diz lamentar a expulsão do brasileiro.
Kaká saiu de campo sem acreditar no que havia acontecido, em toda sua carreira, ele só havia sido expulso em outras duas oportunidades, ambas quando ainda jogava pelo São Paulo. Em entrevista para a TV Bandeirantes, ele pode ouvir do repórter Fernando Fernandes que a imagem era clara de que no lance da expulsão nada havia sido feito para que a punição acontecesse, e desabafou“que bom que as imagens valem mais do que qualquer palavra que eu possa falar aqui”.
Com o Brasil fragilizado e com um homem a menos, foi fácil esquecer da marcação de Drogba, que como eu dizia no começo do texto poderia resolver, ainda que o resultado ainda fosse favorável ao Brasil. Aos 33 minutos do segundo tempo, ele subiu sozinho para cabecear e Júlio César não pode fazer nada para evitar o gol marfinense.
O jogo terminou assim: 3 x 1 para o Brasil. Para muitos, esse jogo seria o mais complicado da chave para o Brasil, o time passou bem e garantiu a vaga na segunda fase. A colocação dependerá do jogo de sexta feira, dia 25, contra Portugal. Um empate classifica o dois, dependendo da classificação, podem pegar a Espanha. Vai ser um jogo emocionante e que renderá bons comentários.
Esta partida contra a Costa do Marfim, também cheia de emoções, era o que o brasileiro desmotivado precisava para entrar no clima da equipe, defendendo e acreditando no potencial do grupo. O otimismo vindo de longe, pode motivá-los ainda mais. Agora é esperar a recuperação de Elano, que o otimismo e a confiança da torcida reflita no bom desempenho da seleção e que aqueles que ainda não se renderam, possam se render, mesmo sem Kaká.
domingo, 20 de junho de 2010
foco de incêndio
A consciência não deveria pesar ao pensar nas consequências?
O que é tão magnífico no ato de soltar um balão que sirva como recompensa para os possíveis estragos que isso pode causar?
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
meu primeiro semestre
quarta-feira, 16 de junho de 2010
direto da África do Sul...
são lembranças
A jogada de ontem me remeteu a essa. Segundo gol: passe de Robinho, gol de Elano.
Foi nesse campeonato brasileiro de 2002, que eu soube e me convenci de que iria amar o futebol.
Fábio Costa, André Luís, Alex, Léo, Maurinho, Paulo Almeida, Elano, Renato, Diego, Robinho e Alberto. O que foi bom, a gente nunca esquece. E agradece.
Brasil x Coreia do Norte
Para uns lamentável, para outros frustrante, para alguns aceitável, pra todo mundo uma pilha de nervos. Não é de hoje que em época de Copa do Mundo as cidades esvaziam e tudo para. O país inteiro se mobiliza e se reúne para apoiar e ver bons resultados da Seleção Brasileira.
Em sua primeira aparição no mundial de 2010, a seleção mostrou que em jogos que exigem criatividade e jogadas ensaiadas o Brasil cai de rendimento e chega muito pouco ao ataque. O adversário, Coreia do Norte, apesar de ser considerado fraco, tem um diferencial: Além da proteção a respeito do estilo de jogo da equipe, proporcionada pelo mistério em torno dos jogadores e de seus treinos, todos os integrantes da equipe devem servir ao exército coreano e dessa forma, o preparo físico e poder de marcação ganham mais força e destaque.
O jogo começou com muita emoção. Durante a execução do hino norte-coreano, o craque do time, Jong Tae-se, se emocionou e chorou do início ao fim; o curioso é que o jogador nasceu no Japão e é naturalizado norte-coreano, a emoção de representar o país numa Copa do Mundo aflorou de forma intensa e muito bonita. Durante o primeiro tempo, ao contrário do ínicio, não houve emoção. A seleção Brasileira não jogou mal, eles simplesmente não souberam jogar e alguns nomes sequer pareciam estar em campo. Pararam na retranca coreana, erraram passes, não montaram jogadas, fizeram faltas desnecessárias, chutaram com muita força e poucos lances chegaram à meta de Myong. Se o primeiro tempo não existisse, ninguém sentiria falta. Nenhuma jogada brasileira, nenhuma jogada coreana, monotonia.
Robinho: com toda a vontade
Homem de confiança na seleção de Dunga, Robinho tentou pedalar, driblar, chamar a marcação e ajudar os companheiros, mas o time estava estático e suas finalizações apenas chegaram perto e não assustaram. Robinho tentou jogar como ele tem se destacado no Santos, buscando a bola no meio campo e conduzindo ao ataque. Nesse jogo ele não agiu dessa forma porque lhe foi imposto, mas sim porque foi necessário. Ele saiu de campo muito elogiado e ostentando o rótulo de: "ele pelo menos tentou alguma coisa".
Ninguém parecia acreditar que a Seleção Brasileira estava enfrentando dificuldades contra uma equipe tão fraca, mas a seleção de Dunga é surpreendente, tanto no lado bom, como também no ruim. E quem reclamava das goleadas que aconteceram nos amistosos, devia estar se descabelando em frente à televisão.
O Brasil entrou em campo mais aceso, mais participativo e as jogadas não caíram na mesmice do primeiro tempo. Kaká e Elano se movimentaram mais e isso refletiu na movimentação coletiva, dando ao jogo a dinâmica que se esperava desde o início.
Maicon: o nome do jogo
Em um primeiro tempo com poucos jogadores apresentando bom futebol, Maicon já se destacava pelo lado direito. Todas as jogadas passavam por seus pés, mas quando a fase do centroavante é ruim, jogadas aéreas não são o melhor a fazer. Então, em lançamento em profundidade de Elano, Maicon usou seu vigor físico para bater para o gol e abrir o placar aos dez minutos do segundo tempo. Os descontentes insistem em dizer que o gol foi sem querer ou que o goleiro falhou, mas Maicon já havia em outras oportunidades, marcado da mesma forma.
Durante a comemoração, muita emoção novamente. Elano, autor do lançamento e Maicon autor do gol se abraçaram emocionados. Maicon sabia a importância desse gol tanto para o jogo como para sua carreira, um tabu de 24 anos havia acabado de ser batido. Em toda a era Cafu um lateral direito não havia marcado gols em Copas do Mundo. Maicon merece, ele é o motor da seleção e um dos melhores jogadores do mundo nessa posição.
Mas a vitória magra de 1 x 0 não foi o resultado final, ainda havia muito a ser observado nessa partida. Aos 26 minutos, Robinho deu um lançamento perfeito para Elano marcar o segundo do Brasil. Dunga já havia preparado a substituição do meia e por sorte, esta não aconteceu antes da jogada. Robinho, que agradecia sempre ao parceiro pelas assistências, pode colocar Elano na cara do gol. A comemoração dos dois Campeões Brasileiros em 2002 pelo Santos, foi a la Meninos da Vila, dançando.
Dunga mexeu no time, modificando o estilo da equipe. Elano, Kaká e Felipe Melo foram substituídos por Daniel Alves, Nilmar e Ramires e assim, o Brasil jogava por um resultado mais largo, já que eram dois meio campos velozes e um atacante de movimentação. Com essa modificação, várias oportunidades apareceram, mas a saída de bola ficou desprotegida e no finalzinho do jogo, numa falha conjunta entre volantes e zagueiros, a Coreia do Norte também fez o seu gol.
Talvez se o gol, aos 43 minutos não tivesse existido, a torcida, o treinador e o goleiro Júlio César sairiam de campo com mais tranquilidade e menos pressão; mas numa primeira rodada onde os favoritos não se apresentaram tão bem, a seleção superou o desafio de estreiar, vencendo. Dos males, o melhor. A apresentação da equipe não convenceu e nem agradou, já que as espectativas eram as melhores possíveis, mas há esperanças de que contra Costa do Marfim e Portugal, as jogadas sejam mais bem executadas e que contra equipes que ataquem, o Brasil consiga contra atacar, principal característica da era Dunga.
imagens: globoesporte.com
Nota pessoal: Espanha (a temida favorita) jogou MUITO bem e perdeu. Brasil jogou MUITO mal e ganhou. O futebol não surgiu pra ser justo e tem torcedor brasileiro que ainda reclama do resultado! Podia ter sido pior galera, repensem.
terça-feira, 15 de junho de 2010
se você não está aqui
música auto-explicativa - tradução livre
segunda-feira, 14 de junho de 2010
“Belo da arte: arbitrário convencional, transitório - questão de moda. Belo da natureza: imutável, objetivo, natural - tem a eternidade que a natureza tiver. Arte não consegue reproduzir natureza, nem este é seu fim. Todos os grandes artistas, ora conscientes ora inconscientes foram deformadores da natureza. Donde infiro que o belo artístico será tanto mais artístico, tanto mais subjetivo quanto mais se afastar do belo natural. Outros infiram o que quiserem. Pouco me importa”.
Mário de Andrade
prioridades 2
Eu disse que muitos consideram esse ponto como insignificante, mas ainda busco as razões pra entender! Posso achar estranho por nunca ter cogitado a possibilidade de torcer por outra equipe, mas nunca vou cogitar. Se eu me empolgo tanto com o Santos, meu time cheio de irregularidades e conflitos, porque não me empolgaria com a Seleção Brasileira que reúne teoricamente os melhores jogadores?
prioridades
A primeira colocação do termo priorizar aparece com relação há certas ligações que eu tenho preservado de forma tão intensa, que me pergunto se elas merecem tanta prioridade. Esse discurso pode parecer confuso, mas eu não quero fazer qualquer referência. Acontece que existe um momento que você não sabe se o melhor é insistir ou deixar um pouco de lado, já que abandonar, você não consegue, simplesmente. Eu sempre fui muito de guardar as minhas mágoas, os meus sentimentos, já que quando eu os externava, sempre alguém se aproveitava disso e eu me magoava. Aprendi a ser assim e isso já não me incomoda, mas quando não se sabe o que fazer, tudo complica. Ninguém sabe o que eu sinto já que não contei à ninguém. Estou esperando a poeira baixar e ver no que dá, o que é melhor pra mim. Preciso abrir o olho e perceber que fazer o que é melhor para os outros não é sempre a melhor opção.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
waka waka ê ê
Além de ser a típica música chiclete e ter representado um momento muito divertido na aula de Agência de Notícias, Waka Waka (Time for Africa) é o tema da Copa e sua apresentação, roubou a atenção durante a Abertura.
Shakira arrasa está linda nesse vídeo!
Abertura da Copa
Além das apresentações internacionais e presença de ídolos do futebol e da história africana, o show mostrou artistas locais e dançarinos. Os vídeos, todos com a intenção de mostrar os contrastes das diversidades culturais e sociais, também foram uma forma expressiva que o país encontrou para iniciar com impacto a principal competição esportiva do mundo.
Hoje, antes da primeira partida, ocorreu uma abertura mais tradicional; onde através de danças e movimentos, foram mostradas as bandeiras de todas as nações participantes da Copa do Mundo e de suas eliminatórias, com mensagens passadas de forma criativa e fazendo referências ao continente africano. Infelizmente, essa não foi transmitida em totalidade pela TV brasileira, mas pelo pouco visto, acredito que tenha sido uma forte emoção àqueles que puderam acompanhá-la, tanto na África, como em todo mundo.
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, acaba de fazer o pronunciamento oficial e declarou iniciada a Copa do Mundo. Agora só cabe ao mundo e a quem gosta, acompanhar e torcer por seus países.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
ele veio e já foi embora
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Tanzânia x Brasil
Durante os primeiros minutos da partida, a seleção da Tanzânia encarava o Brasil com facilidade, aproveitando a má qualidade dos passes e os contra ataques, levando perigo e obrigando o goleiro Gomes a fazer defesas complicadas. Nesse momento, o torcedor já estava apreensivo, acreditando que mais uma vez a seleção não mostraria o seu melhor futebol, sem encantar e sem convencer. Em lance curioso, após uma confusão entre o trio de arbitragem, o zagueiro tentou cortar uma jogada de Robinho, mas a bola resvalou em Kaká, voltando para o camisa 11 que em lance de oportunismo marcou 1 x 0 para o Brasil. Não houve comemoração e isso pareceu refletir no otimismo da torcida, que continuava entediada com o futebol apresentado. Mesmo com o gol, a seleção africana continuou pressionando e mesmo em vantagem, o Brasil não a transparecia. Em cruzamento de Michel Bastos, gol de Robinho, de cabeça, sem churrasco. Novamente gol, novamente sem comemoração. 2x0. Assim acabava o primeiro tempo no estádio Nacional da Tânzania e os jogadores brasileiros pareciam lamentar seus rendimentos.
O técnico Dunga surpreendeu ao modificar a equipe no intervalo, quebrando um esquema de forte marcação e dando mobilidade ao meio campo brasileiro. Os escolhidos para o revezamento foram o zagueiro Lúcio, o lateral Michel Bastos e os meias Gilberto Silva e Felipe Melo, que foram substituídos por Luisão, Gilberto, Josué e Ramires, respectivamente. Com as mudanças, o time avançou e a troca de passes melhorou, o Brasil assim, manteve a posse de bola e pode organizar seu ataque. Mais tarde, Elano também deixaria o campo, para que Daniel Alves atuasse entre o meio campo e a lateral direita e Luis Fabiano, deu lugar a Nilmar. Trunfos que a seleção de Dunga tem pra oferecer. O time, então, pareceu gostar do jogo, já que em jogada de velocidade e com um bom chute, Ramires ampliou a vantagem e marcou seu primeiro gol pela Seleção Brasileira. Nesse gol sim houve comemoração. O jogador estava feliz, os companheiros felizes por ele e a torcida foi junto, mais animada com o "novo" futebol do segundo tempo e com as modificações que deram resultados positivos; 3x0 aos 8 minutos do segundo tempo.
As jogadas da Tanzânia pouco apareciam, e quando sim, o meio de campo marcava com mais segurança e a defesa amenizava. Em jogada pela linha de fundo, Maicon cruzou e Kaká, de peito, fez mais um. 4x0, goleada, mas não só isso. Esse gol pode ter sido um grande fator motivacional a um jogador que é tão necessário à equipe e que passa por período de recuperação e auto aprovação. Em cobrança de escanteio, o atacante africano Aziz subiu mais que a defesa e fez o gol de honra da Tanzânia, levando a torcida ao delírio. 4x1. E aos 47 minutos, quando tudo parecia ter chegado ao fim, Ramires, que há muito não marcava, marcou de novo, agora de cabeça. Deixando o campo ciente do dever cumprido, feliz e roubando a vaga de alguns jogadores do meio campo titular, ao menos para a massa torcedora.
Como no amistoso contra o Zimbábue, a seleção sai de campo com a vitória, mas sem empolgar, até mesmo porque entrava em campo com a pressão e a obrigação de ganhar bem de uma seleção desprestigiada. O diferencial dessa partida esteve nos bons lances do goleiro reserva, Gomes, que representou bem a figura de Júlio César (poupado após lesão leve durante o amistoso da semana passada) e a movimentação proporcionada após a entrada dos jogadores reservas; mostrando que Dunga tem opções no banco, capazes de manter o nível e rumar a caminho do gol. As dúvidas ficam por conta de Luís Fabiano, artilheiro do time, mas que não concluiu bem suas jogadas nesses últimos dois amistosos e Kaká, o camisa 10, que embora tenha evoluído, não está totalmente recuperado.
O Brasil faz sua estreia no dia 15 de junho, enfrentando a seleção da Coreia do Norte. E ainda não ficou claro para o torcedor, qual estilo predominará na seleção de Dunga.
Rumo ao Hexa! Pra frente, Brasil.
imagens: globoesporte.com
sábado, 5 de junho de 2010
pequenas modificações
Por esse motivo, mudei as cores e a imagem principal do blog (: As cores e a nova imagem tematizarão a minha série de repostagens sobre a competição. Meu twitter também está todo brasileirinho :D
Sinceramente, achei as feras da África muito gracinha e penso seriamente em deixá-las após o perído de Copa :D UAHSUASHUA
sexta-feira, 4 de junho de 2010
pedido de desculpas
eu quero
y huir de todo el mal, que a todo he renunciado por estar junto a ti ♥
quarta-feira, 2 de junho de 2010
era pra ser motivo de alegria
Talvez o que provoque em mim mais coisas estranhas entre todos os ídolos que tenho e que já tive. Alfonso Herrera Rodriguez, pra muitos desconhecido e indiferente... para mim o mais especial.
De tanto não esperar que ele retornasse ao Brasil, eu não acreditei que esse Sao Paolo postado no twitter fizesse referência a minha cidade; e a partir do momento que me dei conta disso, mais um misto de sentimentos tomou conta de mim. E agora, ir? Não ir? Tentar? Não tentar? Desafiar? Obedecer? Ter consciência? Fazer loucuras? Eu estou oscilando entre o que eu acho que deva ser feito e o que o meu coração me manda fazer.
Até mesmo quando tudo é facilitado, é difícil.
Zimbábue x Brasil
a Seleção mostra o seu jogo e vence por 3x0
Depois de uma série de mistérios a respeito dos 23 convocados para a competição e após 3 meses de descanso em partidas oficiais, a Seleção Brasileira voltou a jogar nessa terça-feira, dia 2 de junho contra o a Seleção do Zimbábue, confronto nunca antes ocorrido. Recebida com alegria pelos donos da casa, a seleção prometia levar alegria a esse país, considerado um dos mais pobres da África e que enfrenta problemas com o governo local. Ainda que muitos torcedores tenham questionado a qualidade do adversário e desmerecido a importância do confronto, foi um bom teste para se observar as condições dos jogadores e para testar a confiança do time para o início da Copa.
Depois de um início de primeiro tempo pressionado pelo time africano, errando passes e não concluindo bem as jogadas, passando rapidamente pelo susto que a contusão e substituição do goleiro Júlio César provocou, o Brasil pareceu acordar. Aos 40 minutos, em cobrança de falta pelo lado direito, Michel Bastos abriu o placar com uma cobrança perfeita que atingiu a marca de 139km/h, Robinho ampliou após receber um belo passe de Maicon, aos 43 minutos. Assim se encerrava o primeiro tempo, e o placar era de 2x0 para o Brasil.
Já no ínicio da segunda etapa, o técnico Dunga poupou Kaká, Lúcio e Maicon; os substituindo por Júlio Batista, Luisão e Daniel Alves, respectivamente. Com as substituições, o Brasil foi ao ataque e aos 10 minutos, numa bela jogada de troca de passes, Elano só teve o trabalho de empurrar a bola em uma meta sem goleiro. A partir do terceiro gol, as jogadas eram limitadas e o Brasil trocava passes no meio campo, marcando o time adversário. O volante Felipe Melo chegou a se irritar após um lance na lateral do campo e por pouco não foi advertido.
A apresentação do Brasil reforçou as fragilidades do elenco, mas também ressaltou pontos positivos. A vitória não convenceu a muitos, mas também não decepcionou. As expectativas aumentam e só nos resta esperar o próximo confronto, dia 07 de junho, segunda-feira, contra a novamente questionada Seleção da Tanzânia.