quinta-feira, 26 de agosto de 2010

União, força, raça... talento!

A noite de ontem foi de adrenalina pura, mas esse termo não se refere a nada de muito importante para vocês, mas muito importante pra mim! Decidi que o que aconteceu ontem merecia ser contado em algum espaço, dividido com muitas pessoas e vangloriado; eu não sei se escrevendo aqui chego a esse objetivo, mas posso ao menos dizer que escrevi. Esse post é mais para mim do que para vocês, mais um desabafo do que um texto, então, posso dizer que ele será tudo, menos pequeno. Divirtam-se, ou fechem :D Sei que poucos se interessam por esse assunto. E não, não é nada proibido ou polêmico rs

Eu costumo dizer para mim mesma que se um dia eu for uma jornalista esportiva (pode acontecer, ou não) eu terei de praticar muito o exercício da imparcialidade, já que as minhas formas de defender e de criticar o meu time sempre fogem do comportamento natural de um veículo de informação. Com esses privilégios e até mesmo as críticas, os outros times poderiam ser menos explorados por mim. Minha relação com os outros times se referem mais à rivalidade do que tudo, exemplo: Torcer para o Flamengo contra o Corinthians, ou para o Internacional contra o São Paulo não quer dizer que eu goste dos times para quem torço, mas sim que torço pelos adversários dos rivais paulistas. Em situações que fogem a esse panorama, sou indiferente. Meu único preferido é o Santos e a cada jogo, o maior rival é o nosso adversário. Escrevi essas besteirinhas para explicar o significado da partida de ontem, na minha visão. Antes disso, um flashback.

Há cerca 3 de meses atrás...

Semi-final de uma competição chamada Copa do Brasil, um confronto entre Santos e Grêmio acontecia. Naquela ocasião eram duas grandes equipes, que passaram com méritos por seus adversários e que decidiriam qual delas ocuparia uma vaga na final do torneio. Era apenas o primeiro jogo, um jogo de muitos gols! Final da partida 4 a 3, vitória do Grêmio. A história do jogo foi incrível, tão incrível que considero este um dos jogos mais tensos e emocionantes desse ano, mesmo com o placar desfavorecendo o meu time. Explico isso porque quando o Santos ganhava a partida, um jogador que havia entrado para segurar o placar falhou duas vezes e suas falhas resultaram em gols do adversário. O Grêmio virou um jogo que estava praticamente ganho por nós. Mas acontece, é o futebol. Confiram os lances, se quiserem. É mais fácil ver do que ler para entender a complexidade desse jogo.



O placar acabava sendo bom devido a quantidade de gols marcados fora de casa, demorei para associar isso aos fatos, mas era verdade, ainda tínhamos chances! MAS... houve um algo a mais: provocação demais, desacreditaram no nosso potencial, o narrador da emissora gaúcha satirizou as dancinhas do Santos cantando um desprezível "Elimination" ao final do jogo e para completar, sua torcida publicou esse vídeo:



O técnico Silas chegou a declarar que jogar na Vila Belmiro era fácil e que não seria problema para o Grêmio enfrentar o Santos em sua casa. Eles mal sabiam o que os esperava aqui, no nosso Alçapão. Não chamo o que aconteceu no segundo jogo da semi-final de emocionante com o mesmo significado do mesmo termo se referindo ao primeiro jogo, nesse último a emoção rendeu sorrisos, lágrimas de felicidade. Era a consagração. Final da partida: 3 x 1, vitória do Santos. Três gols maravilhosos. E tanto nas comemorações como nas entrevistas pós jogo, os jogadores desabafaram contra tudo isso que enumerei no parágrafo anterior. As provocações adversárias resultaram num empenho maior, numa vontade maior, motivação não só pelo clube que representam, como pelo desdém com que haviam sido tratados durante a semana. Vejam as três obras primas do Santos contra o Grêmio:



E lembram-se do vídeo da surra do relho? Promovendo até mesmo 'violência' como demonstração de raça e dizendo que isso faz parte do verdadeiro futebol? A torcida santista respondeu. E nesse vídeo vemos o verdadeiro significado do "Elimination". Quem ri por último, ri melhor.



Aliás, poderia contar muitas histórias de equipes que desdenharam o Santos durante essa Copa do Brasil. Um absurdo! Se eu quissesse, poderia também ter aproveitado a vitória contra o Atlético-MG na semana passada, para contar a história de Diego Tardelli e seu pofexô.. mas não me veio essa ideia em mente, então sobrou pro Grêmio rs E depois dessa historinha ilustrada, volto ao tempo presente.

Ontem...

Pra variar, um jogaço, fora de casa e nenhuma emissora transmitiu, a não ser o PFC, que eu pobre, não tenho. Então tive que encontrar uma maneira de assistir pela internet, porque desse jogo eu não abria mão de nenhum segundo, sim, estava carregada de ódio desde os últimos acontecimentos. Espero que esse ódio tenha sido compreendido. Três meses depois, o perfil das equipes era bem diferente: o Santos buscava a vitória para se aproximar dos líderes do campeonato, com uma equipe em adaptação após a perda de 3 titulares; o Grêmio beirando a zona de rebaixamento, sofrendo com a queda de rendimento após a parada para a Copa do Mundo. A vitória era o que interessava, em ambos os lados.

O Grêmio abriu o placar logo no início do jogo e seguiu pressionando durante todo o primeiro tempo, marcavam forte os meias de ligação impossibilitando a chegada da bola ao ataque. Com isso, os laterais do Santos precisariam se expôr, mas isso não acontecia. O primeiro tempo acabou sem muitas jogadas de perigo para ambos os lados.

O segundo tempo teve de tudo! O Santos voltou melhor e o Grêmio voltou pior, isso equilibrou a partida. A marcação já não era tão eficiente e os meias jogavam com mais liberdade. Em um único lance: chute de fora da área, defesa do goleiro Vítor, bola na trave com Zé Love, rebote e corte do zagueiro. Prometia. Ganso recebeu a bola dentro da área, conduziu e tocou para Zé Love que foi derrubado dentro da pequena área. Pênalti. Mas a preocupação superou a felicidade da marcação de penalidade, Ganso se contundiu e precisou ser substituído. Na cobrança, Neymar marcou. Comemoração ao lado de Ganso, já fora de campo, recebendo cuidados médicos. O jogo continuou movimentado, até que Alex Sandro cometeu dupla infração, convertida em expulsão. Danilo entrou para reforçar a marcação. O Santos tinha um jogador a menos e era pressionado pelo Grêmio. Restavam alguns minutos para que o jogo acabasse e muita coisa estava para acontecer.

Em jogada individual, Neymar driblou e foi derrubado grotescamente dentro da área: outro pênalti! Outro gol? Não. Neymar perdeu. Ou melhor, Victor defendeu. Se ele tivesse batido de cavadinha teria dado certo! Menino irresponsável UAHSUAHSUAH brincadeira, méritos do goleiro. Bastava não desanimar e buscar o gol! E foi o que aconteceu. Neymar recebe de Danilo, dribla e chuta, Victor defende, rebote.. GOOOL do Santos! Rodriguinho! Aos 48 minutos do segundo tempo! E isso serve de lição para pessoas como eu, que pediram o jogo inteiro pro Rodriguinho sair, ou que não acreditavam nunca mais que ele faria um gol de fora da área! Paguei com a língua. E vibrei muito! Mesmo que fosse quase meia noite e que eu tivesse que acordar as 5 da manhã no outro dia. Comemoração? Nada de dancinhas, o gol foi dedicado à Neymar! Se esse gol não tivesse acontecido ele estaria sendo metralhado hoje, ainda bem que não está, que tudo deu certo! É isso que o futebol me provoca.

UNIÃO. Pelo companheirismo, tanto pelo lance de Ganso como pela oportunidade desperdiçada por Neymar. FORÇA. O setor defensivo foi praticamente perfeito ontem e nesse elenco, é o mais questionado. RAÇA. Empatando, com 10 jogadores em campo, perdendo gols, lutando até o último minuto. TALENTO. Isso eu não preciso nem justificar.

Fiquem com o último vídeo desse depoimento em torno de um único jogo! Me empolgo escrevendo sobre certos assuntos, desabafei mesmo rs



Rumo à triplice coroa! Eu acredito.


FORÇA GANSO! Te quero bom rapidinho, dói em mim te ver machucado

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