sábado, 28 de agosto de 2010

Sem medida!

Agosto de 2012.

Eu estava ansiosa, já era o quarto ano de espera assídua e finalmente o dia havia chegado. Foi inesperado, como tudo que o envolve. Um tweet, uma confirmação, uma comemoração. Eu já não tinha tanto acesso a sua carreira como antes e agradeci à rede social por ainda promover a aproximação dele à mim. Comprei a ideia na hora, corria atrás do meu sonho antigo. Ele ficaria um bom tempo no Brasil, mais um de seus trabalhos; nesse meio tempo resolvera atender aos seus fãs brasileiros, cada um dos sonhadores teria a sua oportunidade.

Naquele recinto, todos pareciam tão ansiosos quanto eu. Além da ansiedade, notávamos uma paixão que sobrevivia ao tempo, nascida muito antes do início de sua carreira solo. Eu já não era a mesma menina, tinha responsabilidades e uma cabeça amadurecida, mas quando o assunto era ele, eu regredia em todos os aspectos, principalmente com relação a sentimentos. Não sabia explicar essa força estranha que ele provocava em mim, mas agora que o momento de por fim encontrá-lo se aproximava, ela parecia me tomar por completo.

Os produtores começavam a se aproximar e avisavam que em pouco tempo começaria a convivência. Naquele dia, éramos quinze e teríamos aproximadamente uma hora para conversar, tirar fotos, entregar nossos presentes, chorar, sorrir e aproveitar ao lado dele. Um sonho distante se tornava realidade. Até que reconhecemos a voz, de longe. Ele chegava, com seu típico sorriso que contagiou a todos nós. Eu pelo menos acredito que tenha contagiado, porque eu estava sorrindo e meus olhos se direcionavam somente a ele. O resto não existia. Só ele.

- Como están? - ele perguntou, esfregando as mãos.

Nós estamos ótimos, que pergunta! O mais importante é como você está. Já havíamos decidido antes que respeitaríamos muito o tempo de cada um, para que todos pudessem aproveitar ao máximo este momento. A relação entre nós, fãs, sempre foi de muita cumplicidade. Era bom ver que isso permanecia.

O mais importante naquela sala era o Poncho, logo, não posso dizer que tive um momento sozinha com ele. Tive uma conversa frente a frente, com quatorze pessoas prestando atenção. A minha conversa foi clichê, a gente planeja sempre tanta coisa para falar, mas quando chega o momento nada vem em mente. Disse que estava muito feliz por ele finalmente ter voltado, que durante esse tempo de espera só tinha orgulho dele como profissional e como pessoa, disse também que só desejava mais e mais coisas boas acontecendo em sua vida e que enquanto ele estivesse feliz, todos estaríamos felizes, mesmo de longe. Continuei puxando o saco, falei muitos te amos e tive que parar para me tranquilizar a cada frase. Ele segurava a minha mão e pedia para que eu me acalmasse, se divertindo com o meu nervosismo. Isso fez com que eu risse também. E eu continuava falando bobagens. Parecia inútil, mas eu precisava.

Estávamos no mês de agosto, ele passaria seu aniversário aqui, gravando o filme e aproveitando as cidades, então aproveitei o momento para lhe presentear com algo que eu sempre quis lhe presentear. Era uma camisa, a camisa do Santos. Camisa 10. Eu imaginava que ele já soubesse, mas mesmo assim expliquei que era a camisa de Pelé e de Paulo Henrique Ganso. Pedi que sempre que possível ele usasse, para que eu visse as fotos e dessa forma, me sentisse mais perto dele. Ele agradeceu e prometeu que usaria. Também entreguei uma carta e chegava o momento de tirar as fotos. Foram muitos flashes. Ainda bem, assim eu teria muitas opções de caras e bocas, muitas recordações. Logo depois, lhe dei um abraço muito forte, foi a minha hora de chorar e a hora dele falar baixinho comigo. Aquele momento foi nosso, não lembrava mais das pessoas ao meu redor.

Acabou. Foi isso. Inesquecível e melhor do que eu sempre sonhei. E agora que passou, que vontade de dizer que não há mais ninguém que te ame assim, sem medida.

Hoje, no dia do seu aniversário, pensei em muitas formas de escrever um texto de parabéns, mas ele não seria diferente de nada que eu já tenha escrito, então escrevi a futura história de um encontro. Não sei como posso avaliar esse texto, faz muito tempo que não escrevo ficção, mas é assim que imagino e que espero que em breve aconteça. É muito sentimento, muita admiração, muita expectativa. Te desejo tudo isso que te disse no dia do "encontro" e que entre o que o destino te reserva, possa estar a sua volta ao meu país. Feliz Cumpleaños, Poncho. Te espero.

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