sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Por que escrever?

Esse assunto não estava nos planos, escrever aqui no blog enquanto meu teclado não volta muito menos; mas eu resolvi fazer uma breve colocação sobre essa mania exercitada por mim há alguns anos e que hoje em dia é algo completamente necessário.

Eu sempre gostei de Língua Portuguesa, sempre fui uma das melhores alunas da classe nessa matéria, diria até que o nível que me fazia gostar dessa matéria ultrapassava a obrigação de aprender. Eu gostava de entender até mesmo o que era para se decorar, criava histórias meio malucas, sabia o significado de todas as figuras de linguagem e até mesmo a função de cada termo em uma frase. Assumia isso com orgulho. Por dentro eu costumava sentir vontade que fizessem uma pergunta que eu soubesse responder ou solucionar as dúvidas das minhas amigas. Por essa razão achei que fosse me tornar futuramente uma professora. Isso até o Ensino Médio.

O Ensino Médio me apresentou à Literatura, que modificou a visão de Português que eu tinha no Ensino Fundamental, afinal, ela se desloca das regras gramaticais e temas para redação, que era com o que estava acostumada a saber e a me destacar e navega pela História, meu ponto fraco, as vezes até mais que Matemática, Física, Química, Biologia. Como se não fosse o bastante, com a aproximação dos vestibulares, as aulas de Literatura eram mais frequentes e as de Gramática praticamente inexistiam, as redações não exigiam tanto da minha criatividade e imaginação, mas sim a minha reflexão, imparcialidade e capacidade de síntese. Os textos agora tinham padrões de linhas, limitações. Eu estranhei a mudança brusca, muitas vezes errei feio e me decepcionei comigo mesma ao tirar notas baixas ou ao errar propostas de redação, cheguei a chorar e ganhei uma nova chance; pude aprender. Gostei. Talvez essa mudança forçada na minha matéria preferida na escola tenha influenciado na troca (também brusca) do curso de Letras ou Pedagogia, para um curso como o Jornalismo.

Nunca tive o hábito de escrever, isso foi inserido por mim dentro da minha própria personalidade. O que eu fiz foi apenas algo que eu sempre precisei fazer, mas que por algum bloqueio, timidez, o que for, nunca consegui: Externalizar pensamentos sem banalizá-los, sem causar polêmica, corretamente, apenas na intenção passar às outras pessoas a oportunidade de me conhecer melhor, de conhecer minhas ideias. Não gosto de apelar e nem preciso disso, sei que ao mesmo tempo que é bom escrever aqui, também é ruim. A vida se expõe se não tomamos cuidado, por isso evito escrever sobre os meus sentimentos. Os relato quando me é conveniente. Sempre digo que quem lê o meu blog me conhece bem, por isso, pode até ser que todos me achem uma idiota, por gostar do que eu gosto, ou por dar valor as coisas que eu dou, mas apesar de muitas vezes me incomodar com os comentários, só estou fazendo aquilo que me proponho a fazer: Escrevendo o que eu sinto, treinando. Aqui eu sei que posso errar, um dia não poderei.

Lembrem-se sempre que possível que no início eu construía histórias fantásticas, perdi um pouco esse dom com a chegada da realidade como ponto central dos meus textos, mas nada me impede de sonhar, de querer escrever meus sonhos, minhas realidades inventadas, o que eu sinto e o que eu gosto. Por isso escrevo. E por muito mais...

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