sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Crônica Copa do Brasil

Texto de Rafael Barros, narrado por Marcelo Barreto - SporTV News

Enquanto Santos e Vitória lutam por cada centímetro de grama, a chuva protagoniza o espetáculo, a água que disfarça o suor e encobre a técnica, mas não deixa de revelar a entrega. Quando Edu Dracena lhe clama o papel principal, os deuses do futebol reverenciam quem tratou a bola com cortejo sublime e mesmo com mais almas do que palmas, fazem justiça no coração que pulsa no pulso fechado da consagração. O gol de Wallace até faz justiça a quem dedicou a vida ao vermelho e ao preto e Júnior chega a dar esperanças de um capítulo doce, mas quando a camisa branca se suja de lama é porque o branco já tomou conta do país. Como negar o sonho à quem devolveu à pátria a alegria do futebol arte? De hoje em diante podem voltar a dizer: futebol de resultado, sublime futebol de resultado. Com pintores como Robinho, escultores como Ganso, arquitetos como Neymar. A Copa do Brasil poucas vezes foi tão brasileira! Obrigado, Santos. O título é seu, mas o bem que essa geração faz à história será sempre na primeira pessoa do plural. Bem vindo de volta, nosso futebol.



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