sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

tentativa.

Uma adaptação pra uma das minhas cenas preferidas de Rebelde. Só porque eu vi hoje, tendo surtos. Aproveitando pra mandar beijo pros interpretes da cena, razões da minha vida. E que nunca vão ler este blog em suas vidas (:
Alfonso Herrera Rodriguez e Anahí Giovanna Puente Portilla


Era uma tarde e Miguel estava no jardim do colégio, onde havia combinado um encontro com Mia. Havia chegado mais cedo, e aproveitava esse tempo para pensar em tudo o que havia acontecido em sua vida nos últimos dias. O medo, o vazio e a ansiedade sempre estiveram junto a ele em todos os momentos de sua vida, mas nunca como naquela situação.
Durante aqueles poucos dias em que esteve sequestrado, pensou em sua família, em seus amigos e principalmente em Mia, aquela que ele não suportaria ver triste mais uma vez, triste por sua causa, mais uma vez.

- Feche os olhos e só abra quando eu mandar! - Mia havia chegado e aquela voz o fez perder em seus pensamentos e ele não pode fazer nada além de obedecer – SURPRESA! – Mia segurava uma bandeja pequena que servia um suco de laranja e três ou quatro sanduiches. Miguel não entendia o porquê de tanta serventia - Você gostou?

- Gostei... mas é muito Mia! Você vai ter que me ajudar, tá bom?

- Nem pensar – ela respondeu, devia ter entrado em mais uma dieta, como se ela realmente precisasse - fiz esse lanchinho pra que você pudesse repor tudo o que você perdeu durante os dias que você ficou lá preso. Meu magrinho.

- Mas foi só um dia e aqui tem comida suficiente pra um mendigo desnutrido.

- Não importa, pra mim foi como uma eternidade. Você tem que comer muito bem – Ela insistiu tanto que ele começou a beber o suco, lentamente, depois de um sorriso satisfeito recomeçou a falar - Sabe, primeiro eu fiquei muito chateada com você.

- Por quê? – Não passava pela cabeça dele um motivo pra que ela ficasse chateada, mais um.

- Porque eu achei que você tivesse ido embora, sem se despedir de mim – Ela pensou em todo o drama que viveu antes de saber a verdade, e de tudo o que sentiu ao perceber o que estava acontecendo. Ela tinha sido injusta, tinha feito julgamentos desnecessários.

- Ah Mia, como pensou que eu pudesse ter feito uma coisa dessas com você?

- Porque antes de saber o que tinha acontecido, recebi uma carta sua onde você não mandava beijos ou abraços, nem nada.

- E como você queria que eu te mandasse uma carta bonita, se eu tinha um revólver apontado na minha cabeça?

- Me desculpe, eu não tinha pensado nisso – Miguel riu da voz de culpada que a namorada havia feito.

- Na verdade eu não sei se deveria te desculpar, porque você desconfiou de mim e isso não é justo! - Ele brincou, para que a culpa de Mia ficasse ainda mais estampada no seu rosto.

- Perdão, prometo que não faço mais isso.

- Ok Mia, te perdoo – Acabavam ali as ironias. Ele realmente a perdoava, nunca resistiu aqueles olhos culpados e aquela voz de choro - Acho que esse é o meu ponto fraco. Todas as vezes que te vejo assim, sinto que meu coração derrete.

- É, já ficou todo nervoso né? – Agora era a vez de Mia brincar com a pose engraçada que o namorado exibia – PINK PROMISE! - Miguel olhou tenso ao redor, certificando-se que não havia ninguém por perto – Vai Miguel, faz Pink Promise – Ela olhou pidona.

- Pink Promise! – Os dois riram. Miguel percebia os contrastes entre os dois e achava divertido como eles mantiam a relação, com comprometimento - Você sabe que eu nunca fui muito romântico, mas eu sempre sinto falta de você e desses momentos que me fazem ficar romântico – Ele respirou fundo e prosseguiu - Só queria dizer que lá no cativeiro eu senti ainda mais a sua falta.

- E eu estava angustiada e com medo de que te fizessem algum mal. Mas agora que eu estou aqui com você, sinto como se nada existisse, apenas nós dois.

- O que acha se ficarmos aqui e matar aula, aproveitando esse momento?

- Eu acho ótimo – Podia não ser algo muito significante, mas Mia adorava essas propostas fora das regras - E eu quero ficar aqui, perto do seu coração – Mia se deitou no colo de Miguel e eles se abraçaram - Porque eu gosto de ouvir o som que ele faz.

- E que som é? – Miguel perguntou curioso.

- Diz: TIC TAC, Mia te amo! TIC – Ela riu, deu um beijo nele e o abraçou - Mas sabe o que é melhor? Quando estou aqui sinto que esse lugar é meu e que esses braços são meus também.

- E da minha mãe e da minha irmãzinha. Ou eu não posso abraçá-las também?

- Hmm – Mia hesitou por um momento, mas concordou - Elas tudo bem. Mas eu só empresto os braços!

- Então vem aqui! - Miguel começou a fazer cócegas, Mia riu e se levantou, na tentativa de fugir dele - Por que cada vez que te vejo assim sinto coisas e te amo mais?

- E que coisas? - Rendida à suas palavras, voltou a sentar ao lado dele, esperando mais uma explicação.

- Coisas que não posso dizer, porque são besteiras - Miguel a encarou e ela o olhou incrédula, era óbvio que ela preferia pular esses detalhes.

- Eu só sei que nunca havia me apaixonado assim.

- Nunca, por ninguém?

- Não. Só por você! Eu tinha medo de ficar sozinha, como o meu pai. Ele pensou que ia ser pra sempre, mas foi abandonado.

- Com relação a isso, tenho que te dizer que se eu tenho você aqui comigo, eu não preciso de mais ninguém! Eu amo você e é só de você que eu preciso - Ele deu aquele popular beijo na testa de Mia e ela claramente gostava do que ouvia - E o que eu mais pensava enquanto estava com aqueles caras era que talvez eu nunca mais voltasse a te ver, dizer que te amo, te abraçar e...

- Ainda que não voltasse a dizer nunca, só de ouvir agora eu já fico feliz pelo resto da minha vida.

- Então eu posso te dizer mais uma vez?

- Sim.

- Eu te amo.

- Eu também.

E selaram toda aquela cena romântica com mais um beijo apaixonado, sem saber o que aconteceria e o quanto o destino ainda os separararia, mas com a promessa de que nunca iriam deixar de se preocupar um com o outro e de se amar, porque é assim, assim é e não há como contestar, é assim que acontece.

FIM.

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