sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Meu parecer sobre a política

Lembram quando há um tempo atrás escrevi que só gostaria de saber das eleições quando elas acabassem? Por fim chegou o momento de me interessar. É a partir da escolha da maioria e das comemorações pós resultados que vêm as conclusões das propostas, as primeiras reuniões, enfim, tudo o precisa ser feito para que o futuro do país comece a ser definido da melhor forma possível.

Logo na minha primeira eleição, me vi obrigada a justificar o meu voto, afinal, já havia uma viagem planejada para o feriado de Finados e não podíamos simplesmente cancelar devido à eleição. No meu caso, foi até uma forma de me livrar de escolher entre o sujo e o mal lavado, de contrariar a minha opinião ou de defender pontos com que eu não concordava. Como citei no Twitter, a minha privação do voto não interferiria em nada, uma vez que o meu voto seria anulado e entre as 15 pessoas que viajaram comigo, Dilma era maioria absoluta.

Devido à viagem, fiquei sem internet e não pude observar o desenrolar da apuração dos votos e as primeiras notícias, mas ao contrário de muitos conhecidos indignados, não reclamo da escolha de Dilma Roussef como futura presidente do nosso país; todos merecem uma oportunidade para mostrar que estávamos errados. O cargo que ela ocupará exige uma responsabilidade gigantesca e uma provação a mais, uma vez que ela é a primeira mulher eleita presidente do Brasil; se ela falhar, as críticas serão ainda mais severas contra seu governo, tenho na minha mente que ela evitará ao máximo chegar a esse ponto.

Durante esses últimos meses vivi um embate diário entre os meus pais, defensores de partidos opostos; conforme as eleições se aproximavam eles discutiam e me deixavam brava. Eu era contra os dois partidos, só conseguia pedir para que eles parassem de querer defender ambos os candidatos com argumentos furados. Mas em uma coisa tenho que concordar com o meu pai: nenhum paulista deveria defender o PSDB com tanta vontade. E meu voto continua nulo. Não tenho vergonha disso. O voto não deveria ser obrigatório; só quem tem consciência do que está fazendo deveria ter essa obrigação. É isso.

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