quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Jornal SP em fatias

Nos foi proposto em sala de aula uma tarefa em que deveríamos, com base em atividades cotidianas, preparar uma reportagem para a matéria de Edição e Reportagem Jornalística no rádio. A tarefa foi aplicada numa quinta feira, véspera de um feriado prolongado (07/09, terça feira) logo, o tema cotidiano precisou ser também um tema rápido, já que as primeiras gravações seriam cobradas já na outra semana.

Do início ao fim - minha matéria.

Pensei sobre várias coisas enquanto voltava para casa, olhei ao redor, quando cheguei em casa tinha em mente três temas: o mercado imobiliário (devido a quantidade imensa de prédios em construção no caminho), o trabalho informal (porque o trânsito me deixou parada de frente para o Largo Treze de Maio por alguns minutos) e a rotina das escolinhas de futebol (porque eu precisava pensar em algo a ver com esporte rs), pedi opiniões durante a quinta feira para minhas amigas e para a minha família, a escolha do tema mercado imobiliário foi unâmine entre aqueles que eu consultei e de total acordo por minha parte, era o assunto mais abrangente em um curto espaço de tempo.

Logo na sexta feira fui pedir autorização para gravar em uma construtora, perto de casa mesmo, expliquei os objetivos e concordaram em ceder a entrevista, me desesperei para encontrar algum bom mecanismo de gravação e só pude concluir a entrevista um dia antes da aula. Me trataram muito bem; tive dificuldades incontáveis, mas os áudios ficaram melhores do que eu pensava. O feriado acabou atrapalhando, porque nem a obra funcionava da mesma forma, nem as fontes estavam contatáveis. Mas eu consegui... levei os áudios de 3 pessoas (gerente de vendas, estagiário de engenharia e uma moradora do bairro) e algumas partes já selecionadas para editar em sala de aula.

Durante a aula da semana seguinte à da imposição da tarefa, os áudios não foram tão cobrados. A professora procurou nos ensinar a mexer no programa de edição, para que fizéssemos a nossa própria matéria sozinhos. Começamos a escrever nossos textos e conforme as pessoas terminavam, a professora ajudava, corrigia e quem se sentia seguro, já gravava na própria sala de aula. Não foi o meu caso, demorei duas aulas para produzir um texto que não parecesse confuso, me preocupei muito com isso, fiz o máximo que pude; devido a demora, acabei ficando sem a revisão da professora. O lado ruim é que eu não saberia os meus erros, não aprenderia com eles; o lado bom era saber que o texto que estava lá fora completamente escrito por mim, com uma consulta ou outra das minhas colegas, mas sem alterações de estilo ou de frases inteiras, como a professora chegou a fazer.

No mesmo dia em que terminei o texto, fiquei mais tarde no período de aula e aproveitei a sala vazia para gravar o off da matéria. Na quinta tentativa, senti que tinha ficado bom e fiquei um pouco cansada de repetir a mesma coisa por tantas vezes. Levei tudo pra casa e no mesmo dia finalizei a matéria, demorei cerca de 3 horas para unir a minha voz às sonoras. Saí mostrando para todo mundo da minha família, estava orgulhosa. Sou insegura com relação à minha voz, foi bom ouvir e me sentir dentro de uma produção jornalística sonora pela primeira vez. A matéria finalizada foi parar no meu pen drive, no meu celular, no meu email e em pastas do meu computador; enviei por email para as minhas amigas e para as minhas colegas da faculdade. Ninguém me criticou, se o fizeram para não acabar com a minha empolgação, eu não percebi. Estava feliz e confiante.

Do início ao fim - Jornal SP em fatias.

A surpresa aconteceu quando depois de algumas aulas de edição e finalização da matéria, a professora nos lembrou do sorteio de grupos para a apresentação de um radiojornal utilizando os off+sonora que estávamos produzindo até então.

Eu e minhas amigas estamos acostumadas a trabalhar juntas, torcemos para que o sorteio ocorresse de forma que pudéssemos continuar trabalhando juntas, e assim aconteceu. Como eu aleguei no dia, "nossos pais escolheram as iniciais certas para os nossos nomes," a divisão dos grupos aconteceu por ordem alfabética e na lista de chamada, os nomes de Rebeca, Rejane, Tábata e Tais
aparecem em sequência. Além de nós, outras pessoas que respondem presença um pouco mais tarde que os demais se juntaram. Um obstáculo a menos, o grupo era muito bom, não haveria qualquer tipo de conflito e o trabalho ficaria digno; logo na primeira "reunião de pauta" as ideias se encontraram.

Como se não bastasse a imposição dos grupos, os cargos de cada qual dentro deles também foi imposto. Eu fui nomeada chefe de reportagem. O nome sugeria (pelo menos para mim, na primeira impressão) que eu supervisionasse as matérias e
sua execução, mas estas já estavam feitas e não havia como reformá-las; me enganei, esse não o meu papel fundamental. Eu teria de organizar os scripts de cada integrante do meu grupo, cobrar a organização dos mesmos frente aos áudios para que o script oficial pudesse ser concluído sem erros. E após tudo feito, script oficial, pronto, teria de duplicar os audios e colocá-los em ordem de aparição, para facilitar o trabalho do operador de som, no dia da transmissão. Pode parecer fácil, mas eu tive que me desdobrar, tudo o que precisava estar feito para que eu concluísse minha parte estava atrasado e eu tive que renomear arquivos incontáveis vezes. Mas passou e fui premiada quando ouvi o operador de áudio elogiar a organização dos áudios do grupo; faz parte da minha personalidade me sentir bem, sorrir e agradecer quando reconhecem meu esforço e dedicação.

Tudo ocorreu muito bem, erros fora do previsto atrapalharam
um pouco, mas nada que fugisse a condição em que estávamos, apresentando nosso primeiro programa de rádio. Garantimos uma boa nota e fomos elogiados pela turma e pela professora. Foi apenas a primeira experiência com o rádio, mas eu estou plenamente orgulhosa de como tudo aconteceu. Muitos outros trabalhos de rádio virão, mas duvido que algum mexa comigo com a mesma intensidade que esses primeiros estão mexendo. Estou descobrindo dentro de mim algo que sempre me julguei incapaz de realizar, falar, mesmo com a minha voz completamente anti-jornalismo, e o melhor de tudo: gostar.

E esse foi o resultado final...




Até tentei corrigir aquelas pequenas falhas, mas não consegui. Então, vai ser publicado como realmente foi ao ar. É o início ao fim da transmissão ao vivo do nosso jornal, o São Paulo em fatias. Obrigada pela colaboração de todos do grupo, e também àqueles que foram sorteados na hora e exerceram muito bem a função de locutores e comentarista.

Taís Lenny em um momento de espontaneidade. É trabalho, filha, concentre-se!

Ramona Zanon
Rebeca Rodrigues
Rejane Santos
Tábata Porti
Tais Souza
Thiago Mourato
Verena Lopes
Victoria Guimarães
William Soares

Bruno Rizzato
Eduarda Estácio
Isabella Macedo

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