sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Me surpreendi, negativamente.

Em um dos meus últimos textos, onde comentava sobre política, me despedi dizendo que nos próximos dias haveria jogos da seleção brasileira e que conforme eles acontecessem, poderia escrever com mais propriedade sobre assuntos que me interessassem mais (risos) E era verdade, eu poderia, mas hoje dois dias depois da partida, digo que meus comentários e sentimentos não correspondem ao resultado.

É porque eu não gosto de futebol de resultados. É claro que quando um time é limitado e consegue um resultado feio em um jogo, nós entendemos, aplicamos o resultado à sorte ou ao mal desempenho do adversário, mas quando o futebol de resultados e feio é apresentado pela seleção brasileira, é impossível de ser admitido. As seleções tem o privilégio de reunir os melhores jogadores de seus países, e por reunir os melhores, deve apresentar sempre o melhor futebol.

Minhas críticas não são justificadas apenas pela ausência do Neymar, não é uma birrinha, como muitos podem pensar, achei bom pro Santos ele não ter sido convocado (risos) e também não posso prever se a presença dele mudaria o que foi o jogo em termos gerais, afinal, eu vi apatia, sufoco, dificuldades, erros de passe e de finalizações, até mesmo daqueles jogadores que eu sempre defendi. E isso porque ganhamos de 3 x 0, até com certa facilidade, pensem se o resultado fosse menos expressivo?

O jogo de ontem não foi contra um bom adversário, logo, a empolgação do torcedor já havia diminuído; ainda assim, eu seguia empolgada, era a seleção, a nova seleção! De nova não teve nada. Foram bonitos gols, principalmente o primeiro, mas o jogo em si foi tediante, facilmente comparável a um jogo comum, onde o time que se sai vencedor, vence porque é mais bem composto e não porque é mais merecedor. Apesar do placar mais extenso, fico com a sensação de que os 2 x 0 contra os EUA, realizado no dia 10 de agosto desse ano, foi o dia em que eu tive mais prazer em torcer pela Seleção Brasileira, mais do que durante toda a Copa do Mundo. E não sei porque, também sinto que vai demorar para que aconteça um sentimento igual outra vez.

Torço para que ao menos o espírito da "nova seleção" volte contra a Ucrânia e se comprove contra a Argentina daqui a uns meses. Esse sim será um grande teste, e se a postura tão defendida voltar, vamos brilhar, vencer e encantar. E eu, que tenho prazer em escrever e descrever jogos, vou abrir um sorriso do início ao fim do texto.

Relembrem comigo...

Nenhum comentário: